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Estado de Minas ECONOMIA

BC surpreende e derruba juros para 3%


postado em 07/05/2020 07:02

Com a atividade econ�mica em forte retra��o no Brasil, o Banco Central surpreendeu boa parte do mercado financeiro e anunciou na quarta-feira, 6, um corte de juros maior que o esperado. Em decis�o un�nime, os dirigentes da autarquia cortaram em 0,75 ponto porcentual a Selic (a taxa b�sica de juros), de 3,75% para 3% ao ano. Esta foi a s�tima redu��o consecutiva e a taxa atingiu o menor patamar da hist�ria.

A decis�o do BC foi motivada pelos efeitos da pandemia do novo coronav�rus, que colocou em isolamento social uma parcela consider�vel da popula��o brasileira, com reflexos sobre a economia.

No comunicado que acompanhou a decis�o de quarta, o BC avaliou que a contra��o econ�mica no Brasil ser� "significativamente superior" � prevista pela institui��o em sua decis�o anterior, em mar�o. Para dirigentes do BC, a atual conjuntura prescreve juros "extraordinariamente" baixos.

Esta vis�o mais pessimista sobre a atividade econ�mica surpreendeu uma parte do mercado financeiro. De um total de 58 institui��es consultadas pelo Proje��es Broadcast, 48 esperavam um corte de 0,50 ponto porcentual da Selic, para 3,25% ao ano. A minoria - dez casas - aguardavam pela redu��o de 0,75 ponto, para 3,00% ao ano.

Al�m de citar perspectiva de retra��o econ�mica ainda maior este ano, o BC j� sinalizou que em seu pr�ximo encontro de pol�tica monet�ria, entre 16 e 17 de junho, a Selic deve sofrer novo corte, de at� 0,75 ponto porcentual. Se isso ocorrer, a taxa b�sica atingir� o piso recorde de 2,25% ao ano.

As preocupa��es dentro do BC com o mergulho da atividade ficaram claras. Isso porque dois dos oito dirigentes que tomaram a decis�o sobre a Selic chegaram a defender que o corte previsto para junho fosse feito na quarta, de uma s� vez. Assim, a Selic j� ficaria abaixo dos 3,00% ao ano. Mas, por cautela, a decis�o final foi por voltar a reduzir a Selic mais � frente.

Efetividade

Apesar do esfor�o do BC para segurar a atividade, a consultora econ�mica Zeina Latif afirma que o movimento de corte de juros ocorreu em um momento em que a pol�tica monet�ria (a calibragem da taxa de juros) n�o tem efetividade. "N�o � a pol�tica monet�ria, n�o � a Selic. Quando olhamos as taxas de juros de um ano, que s�o as mais longas e definem o custo do dinheiro no mercado, a press�o � fruto do ambiente global de incertezas e dos riscos internos do Brasil", diz.

Segundo a economista, o benef�cio de um juro mais baixo agora no mercado de cr�dito � pr�ximo de zero. "� pouco, porque o que est� limitando o mercado de cr�dito agora certamente n�o � a Selic", diz. "Est� havendo melhoras no cr�dito por causa dessas medidas todas (a��es governamentais emergenciais), mas tem restri��es por causa do risco do cr�dito ser muito alto", explicou a economista.

Contaminado

Sinal dos tempos, o novo coronav�rus atingiu o pr�prio n�cleo de decis�o do BC. Na semana passada, o presidente Roberto Campos Neto e os oito diretores da autarquia fizeram teste para detectar covid-19. Isso porque, tradicionalmente, as reuni�es do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) s�o sempre presenciais, na sede de Bras�lia.

O exame do diretor de Organiza��o do Sistema Financeiro, Jo�o Manoel Pinho de Mello, deu positivo. Numa segunda testagem, Mello recebeu resultado negativo. Como n�o havia tempo h�bil para um terceiro teste, ele ficou fora das discuss�es e n�o votou sobre a Selic. / COLABOROU FRANCISCO CARLOS DE ASSIS

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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