O Banco do Brasil fecha nesta quinta-feira, 7, a temporada de resultados dos grandes bancos de capital aberto ao anunciar lucro l�quido de R$ 3,395 bilh�es no primeiro trimestre, queda de 20,1% ante o mesmo per�odo do ano passado. A institui��o seguiu os pares privados e fez um refor�o nas provis�es para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, antecipando efeitos da pandemia do novo coronav�rus, o que puxou os resultados para baixo. Na compara��o com os tr�s meses anteriores o lucro encolheu 26,6%.
O BB constituiu R$ 2,04 bilh�es em provis�es no primeiro trimestre para se antecipar � covid-19. Do total, foram R$ 1,17 bilh�o no segmento pessoa f�sica, R$ 824 milh�es para a carteira de empresas e R$ 46 milh�es no agroneg�cio. Segundo o banco, o refor�o foi "prudencial" diante do "atual cen�rio desafiador para todo o sistema".
Tamb�m alinhado com os pares privados, o BB decidiu suspender as proje��es de desempenho esperadas para 2020. "As proje��es corporativas para o ano de 2020 foram suspensas em raz�o do ambiente de alta volatilidade e de incerteza decorrentes da pandemia do novo coronav�rus, que tem exigido atualiza��es frequentes de cen�rios e de premissas, dificultando a constru��o de estimativas acuradas", explica o banco, em relat�rio que acompanha suas demonstra��es financeiras.
Se por um lado, o coronav�rus fez o lucro se reduzir, do lado do cr�dito o BB conseguiu voltar a crescer sua carteira. No conceito ampliado, o saldo de empr�stimos do banco foi a R$ 725,132 bilh�es no primeiro trimestre, aumento de 6,5% em rela��o aos tr�s meses anteriores. Em um ano, cresceu 5,8%.
O impulso para o cr�dito veio, principalmente, da pessoa jur�dica em meio � corrida das empresas por liquidez na crise. Os empr�stimos para esse p�blico cresceram 12,4% ao fim de mar�o ante dezembro e 5,9% em um ano. Na pessoa f�sica foram registradas altas de 1,5% e 8,6%, respectivamente.
O refor�o nas provis�es por conta da pandemia se refletiu na rentabilidade da institui��o, que vinha melhorando at� ent�o como resultado da estrat�gia do banco de atuar em segmentos de melhores margens. O retorno sobre o patrim�nio l�quido m�dio no crit�rio mercado, chamado de RSPL pelo BB, caiu a 12,5% no primeiro trimestre ante 17,7% no anterior. No conceito ajustado, o indicador ficou em 10,5% contra 14,7%, respectivamente.
O BB fechou mar�o com patrim�nio l�quido de R$ 112,315 bilh�es, 6,9% maior em um ano. Em rela��o aos tr�s meses anteriores subiu 3,5%.
Em ativos totais, o BB alcan�ou R$ 1,580 trilh�o em ativos, aumento de 4,2% em um ano, impulsionado pelo aumento do cr�dito em meio � crise da covid-19. Ante o trimestre imediatamente anterior teve eleva��o de 7,6%.
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