
Na avalia��o de Maia, os problemas provocados pela crise sanit�ria e econ�mica da pandemia de COVID-19 se acentuam ainda com os conflitos pol�ticos no Pal�cio do Planalto, evidenciado recentemente pelas sa�das dos agora ex-ministros Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) da Sa�de e S�rgio Moro da Justi�a e Seguran�a P�blica.
Para ele, a sociedade fica ainda mais preocupada em rela��o � gest�o da crise e a solu��es futuras para os efeitos da pandemia quando olha o conflito pol�tico em Bras�lia.
"Tanto do Supremo Tribunal Federal quanto do Congresso t�m vindo rea��es de n�o estimular o conflito, uma crise pol�tica nesse momento", disse Maia. "A rea��o nunca tem sido uma resposta dura a algumas posi��es mais duras do presidente."
No in�cio de sua fala na live, o presidente da C�mara comentou que, quando o surto do novo coronav�rus come�ou na China, todos os pa�ses demoraram a se preparar. "O Brasil faz parte disso. (Mas) n�o � uma cr�tica ao governo."
Maia alertou sobre como, se a sa�da da crise n�o for bem organizada, o custo da d�vida ser� "amargo" para a sociedade. "Daqui para frente, n�o faremos nada que n�o seja articulado com a equipe econ�mica", garantiu. "N�o tem como fazer milagre. A conta dessa crise ter� de ser paga."
Como a retomada da economia n�o ser� "simples", ser� preciso "di�logo com o governo", acrescentou. Ele enxerga, contudo, a possibilidade de a mobiliza��o precipitada pelos efeitos da pandemia gerar um "realinhamento" para melhorar marcos regulat�rios para investimentos.
Sobre a agenda de reformas, o deputado do DEM relatou haver mais apoio no Congresso para a tribut�ria do que para a administrativa. Ainda assim, disse ter expectativa de conseguir votar as mudan�as no funcionalismo p�blico a partir de agosto. Na sua vis�o, a "grande trava" para o setor privado est� no sistema tribut�rio e nos gastos p�blicos, justamente as frentes encampadas pelas duas reformas em quest�o. "N�o d� para ter 96% do or�amento em despesas obrigat�rias", advertiu.
Por isso, segundo Maia, ser� necess�rio enfrentar quest�es como a vig�ncia da renda m�nima - o aux�lio emergencial para trabalhadores informais e de outras categorias, atualmente em vigor por tr�s meses. "Haver� press�o para transformar a renda m�nima em permanente, mas a capacidade � limitada."
Sucess�o
No encerramento da transmiss�o ao vivo, Maia foi questionado sobre a sua sucess�o na presid�ncia da C�mara, mas desconversou. "O Brasil est� t�o doido que desde janeiro de 2019 estamos discutindo 2022", brincou. "Vamos tratar da crise. N�o precisamos antecipar sucess�o da C�mara."