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Estado de Minas ANFAVEA

Produ��o de ve�culos no Brasil despenca 99%, menor n�mero desde 1957

Com quase todas as f�bricas fechadas, em abril foram produzidos apenas 1.800 autove�culos no pa�s. Presidente da Anfavea alfineta Governo Federal ao afirmar que parte da instabilidade do c�mbio � pol�tica e n�o econ�mica


postado em 08/05/2020 13:54 / atualizado em 08/05/2020 14:07

Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea(foto: Anfavea/Divulgação)
Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea (foto: Anfavea/Divulga��o)

A Associa��o Nacional dos Fabricantes de Ve�culos Automotores (Anfavea) apresentou os resultados do setor referentes a abril. O n�mero mais impressionante � o volume de produ��o de autove�culos no pa�s, apenas 1.800 unidades, uma queda de 99% em rela��o a mar�o, que, mesmo parcialmente impactado pelo coronav�rus, registrou 190 mil unidades fabricadas.

Segundo Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, este foi o pior resultado da s�rie hist�rica, aferida desde 1957, quando por aqui atuavam apenas a Ford, General Motors, Volkswagen, DKW Vemag, Mercedes-Benz e Scania. Comparado com abril de 2019, quando foram produzidos 267,6 mil ve�culos desta categoria, a queda � ainda maior. No acumulado do ano, a redu��o da produ��o � de 39,1%, passando de 965,4 mil ve�culos nos quatro primeiros meses de 2019 para 587,7 mil at� agora.

Apesar de alarmante, o resultado j� era esperado, j� que s�o muito poucas as f�bricas em atividade. At� 12 de abril, no Brasil, haviam 63 f�bricas paralizadas e apenas duas em funcionamento (entre autos, �nibus, caminh�es e m�quinas), com cerca de 125 mil funcion�rios parados. A partir de 13 de abril, mais oito fabricas retomaram a produ��o, com o retorno de 30 mil trabalhadores. O m�s de maio come�ou com 55 f�bricas paralizadas e 95 mil funcion�rios parados, com planos de retomada de algumas ainda neste m�s e outras em junho. A associa��o desenvolveu um protocolo de seguran�a para o retorno �s atividades das f�bricas.

Sem produ��o, o estoque apresentou ligeira queda, de 266,6 mil unidades (sendo 181,3 mil nas concession�rias e 85,3 mil nas f�bricas) em mar�o para 237,3 mil (163,4 mil nas concession�rias e 73,9 mil nas f�bricas). Este era considerado pela Anfavea um estoque normal para antes da crise, mas, no ritmo atual, � o suficiente para quatro meses.

Recorde de queda tamb�m no mercado interno de autove�culos. Com 55,7 mil licenciamentos de ve�culos novos, abril apresenta redu��o de 65,9% em rela��o a mar�o, que teve 163,6 mil emplacamentos. Quando comparado a abril de 2019, que teve 231.936 unidades, a redu��o � de 76%. Nesta �ltima compara��o, Minas Gerais teve uma queda um pouco menor, de 73%, com 52.787 unidade em abril de 2019 contra 14.160 registradas nesse �ltimo m�s.

Com os demais pa�ses (como Argentina, Chile e Col�mbia) praticamente fechados, as exporta��es tamb�m v�o mal. Em abril foram exportadas apenas 7,2 mil unidades, menos 76,6% comparado com mar�o (que somou 30,8 mil unidades) e 79,3% em rela��o a abril de 2019 (com 34,9 mil unidades). Este resultado � considerado o pior dos �ltimos 23 anos.

O n�vel de empregos tamb�m teve pequena varia��o, passando de 125,7 mil funcion�rios em mar�o para 125,3 mil em abril, queda de 0,3%. Em abril de 2019 o setor empregava diretamente 130,2 mil pessoas. A Anfavea elogiou as ferramentas criadas pela Medida Provis�ria 936 - que permitiu reduzir sal�rio e jornadas, al�m da interrup��o tempor�ria do contrato de trabalho -, e a negocia��o com os sindicatos da categoria. Quanto � possibilidade de demiss�es em maior escala, Moraes afirmou que � muito dificil falar se as ferramentas j� utilizadas ser�o suficientes para assegurar empregos e que isso depende da retomada do setor e da gest�o correta da crise no Brasil.

Ao falar da “deteriora��o” do c�mbio e do Risco Brasil, o presidente da Anfavea levantou o tom contra o Governo Federal: “Parte da instabilidade do c�mbio n�o � econ�mica e sim pol�tica. Quase todo dia temos uma crise al�m da sa�de”. Moraes seguiu apresentando o cen�rio econ�mico: a infla��o se manteve decrescente, mas em fun��o da baixa demanda, o que para ele n�o � necessariamente uma boa not�cia; a confian�a do investidor despencou e a expectativa de crescimento da economia � de -4%; e, apesar da queda da Selic, j� existe um movimento de aumento no custo do financiamento de ve�culos.

“O atual cen�rio prejudica todos os setores econ�micos e poderia ser menos grave se cont�ssemos com a sensibilidade e responsabilidade da classe pol�tica”, afirmou. A Anfavea continua n�o se arriscando a fazer uma proje��o do mercado automotivo brasileiro para este ano por ainda desconhecer o tempo em que a doen�a vai impactar cada cidade e cada regi�o.


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