(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas ECONOMIA

A 'maldi��o' de maio vai se repetir?


postado em 11/05/2020 07:05

H� um ditado ingl�s que provoca pavor nos investidores globais do mercado de a��es: "sell in may and go away" (venda em maio e v� embora, em uma tradu��o livre). Essa hist�ria remete � Bolsa de Valores e aos potenciais preju�zos no quinto m�s do ano. O Stock Trader's Almanac, que estuda os ciclos do mercado americano de a��es, fez um levantamento sobre o comportamento do �ndice Dow Jones desde 1950. O resultado mostra por que maio � considerado "maldito".

No per�odo quente do ano no Hemisf�rio Norte, o retorno m�dio era de apenas 0,3% ante uma rentabilidade de 7,5% nos meses frios. Essa diferen�a foi v�lida at� 2013. Desde ent�o, a longa expans�o da economia dos EUA distorceu os n�meros - mais de 120 meses consecutivos de crescimento. "Maio marca o come�o do ver�o nos Estados Unidos e muitos investidores vendem suas posi��es quando n�o v�o acompanhar o mercado financeiro nas f�rias", diz Ernani Reis, analista da casa de an�lise Capital Research.

A chamada 'maldi��o' de maio � tratada como supersti��o pela maioria dos gestores, analistas e investidores experientes. Mas esse fen�meno de perdas se repete no Brasil. Desde 1995 (primeiro ano completo do Plano Real), o principal indicador da B3 acumula 17 quedas em maio em 25 anos - ainda falta ver se 2020 ampliar� essa lideran�a.

� o m�s com a maior quantidade de baixas e, tamb�m, com o pior retorno m�dio (-1,39%). Al�m disso, os neg�cios na Bolsa diminuem. Desde 2004, foram realizadas 360 aberturas de capital (IPO) de empresas ou ofertas secund�rias (follow on) de a��es, mas apenas nove delas ocorreram em maio.

"Um per�odo mais longo mostra a correla��o existente entre a Bolsa brasileira com o mercado americano, mas isso mudou a partir dos anos Dilma Rousseff, com a recess�o no Pa�s e o crescimento nos EUA", afirma Marco Saravalle, analista independente de investimentos. "Nos �ltimos anos, o Joesley day (divulga��o da grava��o de Joesley Batista com o ex-presidente Michel Temer), em 2016, e a greve dos caminhoneiros, em 2018, acabaram sendo os fatores extraordin�rio que intensificaram as quedas em maio."

Com a alta de 2,74% na sexta-feira passada, o retorno no m�s est� apenas 0,3% negativo e n�o h� uma indica��o clara de como pode ser o resultado final. H� motivos para esperar um resultado diferente, principalmente porque os investidores estrangeiros j� t�m se afastado da Bolsa brasileira. No in�cio de mar�o, eles remeteram para o exterior US$ 45 bilh�es, o equivalente a todo o ano de 2019.

"Nosso maio veio em mar�o passado, quando o Ibovespa caiu 29,9%", diz Ricardo Almeida, CEO da Bradesco Asset Management (Bram). "Minha vis�o � cautelosa e otimista. Pode at� ser um m�s de recupera��o, um maio mais tranquilo desde que a gente n�o tenha mais epis�dios extraordin�rios como em 2016 e 2018."

No entanto, � preciso analisar que os dados macroecon�micos do Brasil e do mundo come�ar�o a vir � tona ao longo do m�s, desde o tombo no PIB do primeiro trimestre, que ser� um indicativo para a proje��o dos pr�ximos trimestres, at� os resultados financeiros das empresas, que n�o devem surpreender positivamente os analistas.

Al�m dos indicadores globais de novos casos de covid-19, a tens�o entre Estados Unidos e China continua no radar. "Maio vai refor�ar a m� fama? H� uma s�rie de fatores que s�o mais negativos e estou preocupado", afirma In�cio Ponchet, s�cio da gestora BLP Asset Mangement. "Minha posi��o � mais defensiva e cautelosa, pois pode ser um m�s de muita realiza��o." As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)