Brasil se preparou bem para lockdown por 3 meses, diz Mansueto

O secret�rio do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse que o Brasil se preparou "muito bem" para um lockdown de tr�s meses, mas n�o se sabe se isso ser� suficiente. "Nenhum pa�s do mundo sabe. A sa�da do distanciamento social depender� de uma s�rie de fatores, como a massifica��o dos testes", afirmou.

Mansueto voltou a tratar da necessidade de conter reajustes dos servidores p�blicos, mas flexibilizou o discurso e disse que isso n�o impede a cria��o de b�nus para servidores que est�o atuando no combate a covid-19.

Em audi�ncia virtual na Comiss�o Mista de Acompanhamento da covid-19 do Congresso Nacional, o secret�rio refor�ou que o futuro da economia brasileira depender� de reformas. "N�o faz sentido dizer que agora Brasil vai quebrar, o futuro n�o est� determinado", completou.

O secret�rio refor�ou a necessidade de avaliar os programas p�blicos e disse que o Pa�s gasta dinheiro demais em programas que n�o est�o dando o retorno esperado.

Mansueto ressaltou que o d�ficit p�blico neste ano pode chegar a R$ 700 bilh�es (9% do PIB), mas afirmou que a preocupa��o em 2020 n�o � com ajuste fiscal, mas com as pessoas. "O importante � que os investidores confiem na capacidade do Pa�s em pagar a d�vida", completou.

Empr�stimo para folha

O secret�rio do Tesouro Nacional disse que as empresas n�o est�o contratando empr�stimo nas linhas de financiamento voltadas para folha de pagamento, que t�m subs�dio do governo, porque h� a contrapartida de n�o demitir os empregados depois. "As empresas est�o inseguras se precisar�o ou n�o colocar o trabalhador para fora. Vai sobrar dinheiro na linha", afirmou.

Na audi�ncia virtual do Congresso Nacional, o secret�rio respondeu a perguntas sobre a necessidade de aumentar o investimento p�blico e disse que, apesar do pouco espa�o fiscal, essa n�o � uma agenda contradit�ria � de privatiza��es. "H� estradas que n�o s�o atrativas ao setor privado, por exemplo, n�o s�o agendas contradit�rias".

Mansueto foi questionado ainda sobre projetos de taxa��o de grandes fortunas e disse que h� economistas que defendem que isso reduz o incentivo para o enriquecimento e a poupan�a dos indiv�duos. "J� o imposto sobre heran�a no Brasil � muito baixo, prefiro discutir esse imposto e a tributa��o sobre a renda", completou.