A taxa de informalidade recuou em todas as grande regi�es do Pa�s no primeiro trimestre do ano, em rela��o ao quarto trimestre de 2019. No entanto, o resultado n�o foi consequ�ncia de uma melhora na qualidade do emprego, mas sim da perda de ocupa��o dos trabalhadores que atuavam na informalidade, afirmou Adriana Beringuy, analista da Coordena��o de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).
A taxa de informalidade para o Brasil ficou em 39,9%, abrangendo 36,8 milh�es de trabalhadores ocupados. Entre as unidades da federa��o, as maiores taxas de informalidade foram as do Par� (61,4%) e do Maranh�o (61,2%). O estado com a menor taxa de informalidade foi Santa Catarina (26,6%), seguido pelo Distrito Federal (29,8%).
No Estado de S�o Paulo, a taxa de informalidade m�dia foi de 30,5% no primeiro trimestre do ano. Os dados s�o da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios Cont�nua (Pnad Cont�nua).
"A redu��o de conta pr�pria e sem carteira (no setor privado) contribu�ram para a redu��o da informalidade. Todas as regi�es mostram retra��o na taxa de informalidade. N�o significa que est� havendo mais formaliza��o no mercado de trabalho", ressaltou Adriana. "A informalidade diminui nesse caso n�o � porque existem hoje muito mais trabalhadores com carteira, � porque esses trabalhadores perderam a ocupa��o que tinham, n�o mudaram de trabalho informal para formal", completou.
Adriana evitou relacionar a redu��o na informalidade com o impacto da pandemia do novo coronav�rus no mercado de trabalho, uma vez que as medidas de isolamento social se concentraram nos �ltimos 15 dias de mar�o, enquanto a pesquisa se refere ao primeiro trimestre inteiro. No entanto, alguns itens da pesquisa j� sinalizam as consequ�ncias da covid-19 sobre a perda de emprego no per�odo pesquisado.
"O que chamou aten��o � que grupamentos de atividades que n�o costumam cair no primeiro trimestre, que � alojamento e alimenta��o e outros servi�os, que s�o aqueles prestados as fam�lias, tiveram retra��o na ocupa��o. Foram atividades que tiveram redu��o at�pica da ocupa��o no primeiro trimestre", contou Adriana. "A Pnad mostra o come�o do impacto extraordin�rio por conta do in�cio do isolamento social. O impacto maior a gente vai ver quando tiver os dados de abril", explicou a pesquisadora.
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ECONOMIA
Todas as regi�es mostram retra��o na taxa de informalidade, diz IBGE
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