
A varia��o de pre�o do g�s de cozinha (GLP) nos dep�sitos na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte pode chegar a 70%, mesmo com o valor do produto apresentando uma redu��o m�dia de 2,14%, em rela��o ao m�s de abril. O botij�o de 13kg, que custava em abril, em m�dia, R$71.59, caiu para R$70,06, quando comprado na portaria do dep�sito. O mesmo produto entregue no pr�prio bairro, que apresentava pre�o m�dio de R$ 77,82 caiu para R$76,43, uma queda de 1,80%. O cilindro de 45kg, apresentou redu��o, em rela��o a abril, de R$313,25 para R$309,63, uma queda de 1,16% entregue no pr�prio bairro.
A constata��o � resultado do levantamento feito em 115 estabelecimentos pelo site Pesquisa de Pre�os do Mercado Mineiro, nos dias 6 e 7 de maio, que tamb�m apontou varia��o de 41% no valor pago pelo cilindro de 45kg entregue no pr�prio bairro, podendo custar de R$280 at� R$395. J� na portaria dos dep�sitos de g�s os pre�os variam entre R$ 260 e R$395,(52%). O vasilhame de13kg, pode custar de 100 a 180 reais, uma varia��o de 80% e o cilindro entre 240 e 380 reais (diferen�a de 58%).
Os pre�os do GLP podem variar de um estabelecimento para outro num mesmo bairro e afetam com maior intensidade pessoas de menor poder aquisitivo. "A maior parte de dep�sitos de g�s est� em bairros mais distantes da regi�o centro-sul, onde inexisgem espa�os adequados e economicamente vi�veis para se instalarem. Por�m os pre�os s�o ainda mais altos nos dep�sitos situados nos aglomerados e ocupa��es dentro desses bairros, onde h� menor competitividade", explica o diretor-executivo do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu.
Felicianto conta que os comercianters do setor ouvidos pelo site apresentaram um cen�rio de queda nas vendas nos primeiros dias de maio em rela��o aos meses de mar�o e abril, em plena vig�ncia das medidas de isolamento social, recomendadas pelas autoridades de sa�de e do poder executivo nos munic�pios. A "pechincha" voltou a fazer parte das negocia��es. "Tornou-se mais comum o cliente pagar pre�o menor se negociar com o propriet�rio do dep�sito. Em muitos casos, principalmente quando se trata do cilindro, mais caro e comercializados principalmente em regi�es de maior poder aquisitivo, os valores pagos em dinheiro costumam ser menorews."
Segundo o diretor da empresa, h� uma percep��o no mercado da diminui��o da renda devido � pandemia do covid-19 e que o cliente se encontra apertado financeiramente. "Alguns clientes deixaram de consumir o g�s e passaram a cozinhar em fogareiros ou fog�o a lenha". Feliciano disse que desde janeiro os pre�os do g�s est�o estabilizados, "mesmo com alguma varia��o definida na pol�tica de pre�os da Petrobr�s, os estoques permitiram uma certa estabilidade no pre�o ao consumidor final."
A queda na procura do produto foi registrada em todas as regi�es da Grande-BH. No in�cio da quarentena, conforme Feliciano Abreu, houve uma corrida, algumas pessoas procuraram estocar, diante de uma "indefini��o do que viria pela frente". Mas a situa��o econ�mica, as incerteza quanto a sal�rios e empregos, fizeram com que houvesse uma retra��o. As pessoas est�o semdinheiro e, em grande parte, quem consome o g�s de 13kg � a popula��o de menor renda, e uma parcela significativa n�o tem recursos ou vasilhame para estocar.
Abreu recomenda que as pessoas negociem, pesquisem pre�os e evitem estocar g�s. "A estocagem provoca uma queda na oferta" e concentra��o do produto em m�os de consumidores com maior poder aquisitivo, elevando o pre�o. Ele alerta para que se observe as datas de pagamento previstas para o aux�lio emergencial do governo federal. "S�o per�odos que h� maior procura por produtos de primeira necessidade (como o g�s) e os pre�os tendem a se elevar."
La�rcio Aniceto da Cruz, h� 17 anos dono do dep�sito Delegado La�rcio, no bairro Jardim Am�rica, Regi�o Oeste de BH vende entre 75 a 80 reais o botij�o de 13 kg, dependendo do local da entrega. "Maio caiu bem a procura, uma vez que mar�o e abril as pessoas compraram para armazenar." Quanto ao cilindro, ele vende a R$330, mas que nesses primeiros meses do ano j� vinha apresentando queda na procura. Ele calcula uma redu��o de 30%, por se tratar um vasilhame mais consumido por condom�nios, que passaram a utilizar da expans�o nos bairros da zona sul da rede de g�s canalizado, e restaurantes que se encontram fechados ou trabalhando em escala reduzida durante a pandemia. Mas considera que o pre�o se mant�m est�vel, "por enquanto".