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Estado de Minas ECONOMIA

Com casos de coronav�rus, frigor�ficos s�o interditados no RS e em SC


postado em 18/05/2020 16:35

Casos do novo coronav�rus foram contabilizados pelo Minist�rio P�blico do Trabalho (MPT) em 19 frigor�ficos do Rio Grande do Sul e em pelo menos 6 de Santa Catarina. Em solo ga�cho, o �rg�o registrava at� a sexta-feira, 495 casos confirmados do v�rus em trabalhadores de estabelecimentos do setor em 16 munic�pios.

"O Rio Grande do Sul e a regi�o oeste de Santa Catarina respondem pelo maior n�mero de casos de novo coronav�rus em frigor�ficos no Pa�s", afirma a procuradora do Trabalho Priscila Schvarcz, gerente nacional adjunta do MPT para adequa��o das condi��es de trabalho em frigor�ficos.

Segundo a procuradora, a vulnerabilidade desse tipo de estabelecimento ao novo coronav�rus � um fen�meno mundial.

Entre as raz�es identificadas pelo MPT, est�o o grande n�mero de trabalhadores nas plantas, a proximidade na linha de produ��o e o sistema de refrigera��o, que reduz a taxa de renova��o de ar. Desde o in�cio da pandemia, procuradores do Trabalho instauraram 30 inqu�ritos civis e ajuizaram tr�s a��es civis p�blicas em raz�o de suspeita de irregularidades em empresas do ramo.

No Rio Grande do Sul, dois frigor�ficos foram interditados. Em Passo Fundo, uma unidade da JBS suspendeu as atividades por determina��o do Tribunal Regional do Trabalho da 4� Regi�o. Em Lajeado, uma planta da BRF teve de fechar as portas por decis�o do Tribunal de Justi�a (TJ) do Estado.

As taxas de mortalidade por 100 mil habitantes das �reas de Passo Fundo (3,4) e Lajeado (3) s�o as mais altas das 20 regi�es de monitoramento da pandemia no Estado.

As duas apresentam tamb�m as maiores incid�ncias cumulativas de hospitaliza��es por covid-19: 38,8 em Lajeado e 28,1 em Passo Fundo.

No sistema semanal de monitoramento adotado pelo Estado, a regi�o de Lajeado foi a �nica a receber bandeira vermelha (segundo mais alto n�vel de risco) na �ltima semana, enquanto Passo Fundo recebeu bandeira laranja.

Na madrugada de sexta-feira, um acordo entre a BRF e o Minist�rio P�blico do Estado previu que o frigor�fico volte a operar com redu��o de 50% no pessoal na linha de produ��o.

O acerto prev� testagem de todos os empregados para o novo coronav�rus, assist�ncia social e de sa�de nos bairros de resid�ncia dos trabalhadores e doa��o pela empresa de R$ 1,2 milh�o a dois hospitais da regi�o.

Trabalhadores que testaram positivo ser�o afastados do trabalho e ter�o o estado de sa�de monitorado, juntamente com a dos familiares. Produtores rurais que fornecem insumos ao frigor�fico receber�o da BRF complementa��o de renda relativa ao per�odo de paralisa��o das atividades.

"A marca da atua��o do Minist�rio P�blico neste caso � a preocupa��o com as vidas. J� perdemos mais de 10 vidas no Vale do Taquari (regi�o de Lajeado), algumas delas vinculadas a esse caso", afirmou o promotor S�rgio Diefenbach, que participou da negocia��o.

O rein�cio das atividades do frigor�fico da BRF, apenas com empregados que testarem negativo para o novo coronav�rus, ocorrer� somente depois que a empresa comprovar o cumprimento das medidas previstas no acordo. O acerto depende ainda de homologa��o pela Justi�a do Estado.

Tamb�m em Lajeado, um frigor�fico da Companhia Minuano reduziu os abates em 50% por decis�o do TJ. Em Garibaldi, o frigor�fico Nicolini fechou as portas por tr�s dias para higieniza��o e deve operar at� o dia 25 com apenas 370 dos 1,5 mil empregados. As medidas foram previstas em termo de ajustamento de conduta entre a empresa e o MPT.

A situa��o mais grave � a de Passo Fundo, onde 94 trabalhadores da unidade da JBS testaram positivo para o novo coronav�rus e foram registradas sete mortes pela doen�a ap�s contato com empregados da planta.

A unidade, com cerca de 2,2 mil trabalhadores, est� interditada desde 24 de abril. As primeiras den�ncias sobre aglomera��es no frigor�fico, que contrariavam determina��es estaduais e municipais, foram recebidas pelo MPT no dia 27 de mar�o.

"Se tiv�ssemos l� atr�s diminu�do o fluxo de trabalhadores, talvez n�o estiv�ssemos sob interdi��o. Esperamos que a empresa tome provid�ncias. Entre a vida e o trabalho, vamos defender sempre a vida. Podemos voltar ao trabalho amanh� ou depois", disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Ind�strias de Alimenta��o de Passo Fundo, Miguel Luis dos Santos.

A JBS n�o respondeu aos pedidos de entrevista para esta reportagem.


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