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Estado de Minas ECONOMIA

F�rum Econ�mico Mundial: 'estamos enfrentando o risco de outra gera��o perdida'


postado em 19/05/2020 09:15

A pandemia de coronav�rus ter� efeitos duradouros, pois o alto desemprego afeta a confian�a do consumidor, a desigualdade e o bem-estar, e desafia a efic�cia dos sistemas de prote��o social. "Com press�es significativas sobre emprego e educa��o - mais de 1,6 bilh�o de estudantes perderam a escolaridade durante a pandemia -, estamos enfrentando o risco de outra gera��o perdida", avaliou o Diretor de Risco do grupo, Zurich Insurance Group, Peter Giger.

A partir de Zurique, na Su��a, ele participou de uma teleconfer�ncia realizada nesta ter�a-feira, 19, pelo F�rum Econ�mico Mundial para divulgar o relat�rio "Covid-19 Risks Outlook: Um mapeamento preliminar e suas implica��es", publicado hoje. A empresa � uma das patrocinadoras do documento.

Durante a apresenta��o, Giger comentou que as pessoas t�m visto mais o c�u azul porque as emiss�es de carbono ca�ram 80% no in�cio do ano em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado. Ele recomendou tamb�m mais aten��o com as a��es de desmatamento no mundo e salientou que o planeta continua a se aquecer. "As decis�es tomadas agora determinar�o como esses riscos ou oportunidades ocorrer�o", disse.

Riscos

O temor com o aumento do desemprego e mudan�as profundas na cadeia produtiva tende a subir na lista de riscos apontados pelo levantamento realizado sistematicamente pelo F�rum Econ�mico Mundial, na avalia��o da sua diretora administrativa, Saadia Zahidi. Na teleconfer�ncia, ela disse que as preocupa��es para a pr�xima d�cada apontadas em janeiro por 350 profissionais de risco seniores j� passam por transforma��o e tendem a mudar ainda mais depois da covid-19.

A partir de Genebra, Saadia avaliou que, dado o cen�rio global, essas mudan�as n�o s�o surpreendentes. "Claro que isso tudo vir� � tona nos pr�ximos meses", previu. Para ela, o momento tamb�m � de ampliar as a��es para que se reconstrua um mundo melhor a partir da pandemia. Uma boa oportunidade, de acordo com a diretora, � dar mais est�mulos verdes � economia.

Saadia afirmou que est� mais preocupada com o que acontecer� no m�dio prazo, em rela��o aos riscos apontados pela pesquisa. Ela comentou, tamb�m, que a crise mostrou que profiss�es muito pouco valorizadas at� o momento acabaram se tornando essenciais, como a de enfermeiros e professores, por exemplo.

"Mesmo antes da crise da covid-19, as organiza��es enfrentavam um cen�rio de risco global altamente complexo e interconectado", comentou John Doyle, presidente e CEO da Marsh, que � uma das empresas que contribu�ram para a confec��o do "Covid-19 Risks Outlook: Um mapeamento preliminar e suas implica��es".

Segundo Doyle, desde amea�as cibern�ticas a cadeias de suprimentos e passando pelo bem-estar de seus funcion�rios, as empresas agora repensam muitas das estruturas nas quais antes confiavam. "Para criar condi��es para uma recupera��o mais r�pida e um futuro mais resiliente, os governos e o setor privado precisam trabalhar juntos de maneira mais eficaz. Juntamente com os grandes investimentos para melhorar os sistemas, a infraestrutura e a tecnologia da sa�de, um dos resultados dessa crise deve ser que as sociedades se tornem mais resistentes e capazes de suportar pandemias futuras e outros grandes choques", considerou.

Protecionismo

Na mesma confer�ncia, o diretor Executivo da Marsh & McLennan, Richard Smith-Bingham, previu que rea��es de protecionismo devem acelerar com a covid-19. Ele lembrou que meses antes da pandemia, o mundo assistia a uma guerra comercial entre Estados Unidos e China, as duas maiores pot�ncias econ�micas do mundo, e tamb�m o processo de separa��o do Reino Unido da Uni�o Europeia (UE), o chamado Brexit. "S�o coisas que v�o acelerar com a covid-19", salientou.

J� a reitora da Escola de Governo Blavatnik, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, Ngaire Woods, chamou a aten��o para a constru��o que o mundo far� de suas economias ap�s a crise. Ela avaliou, por exemplo, ser fundamental dar apoio a empresas e pa�ses com ratings baixos de cr�dito. "Se n�o fizermos isso, o resultado ser� ainda mais negativo", projetou.

A reitora comentou que um aprendizado que o mundo tem recebido da covid-19 � a possibilidade de reuni�o de pessoas que est�o longe umas das outras por meio de teleconfer�ncias, como a que foi organizada pelo F�rum. "Eventos como este, por v�deo, mostram como as pessoas podem colaborar umas com as outras mesmo estando distante. Esta � uma grande oportunidade para o setor p�blico em torno do globo", apontou.


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