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Estado de Minas MOVIMENTA-SE

Setor de eventos prepara protocolo para retomada das atividades em BH

Empresas da �rea negociam com governos municipal e estadual a��es para voltar a operar com ado��o de um conjunto de medidas sanit�rias


postado em 21/05/2020 04:00 / atualizado em 21/05/2020 19:13

 Tânia Machado, presidente do Centro Cape:
T�nia Machado, presidente do Centro Cape: "Voltar no n�vel que era antes n�o vai, pelo menos n�o r�pido. Todos os eventos v�o cair de p�blico por causa dos protocolos de prote��o contra o v�rus" (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Representantes do setor de eventos de Belo Horizonte e regi�o come�aram a discutir com os governos municipal e estadual projetos para a retomada do segmento depois da crise provocada pela pandemia de coronav�rus. Mais de 200 empres�rios e 30 entidades fazem parte da iniciativa Movimenta-SE, criada h� cerca de dois meses e que j� se reuniu uma vez com a Prefeitura de Belo Horizonte e duas com o governo de Minas Gerais nos �ltimos dias. O grupo est� elaborando protocolos de medidas sanit�rias para que os eventos possam retornar. Integrantes afirmam que at� ent�o os governos n�o tinham um planejamento concreto para o setor.
 
O grupo � composto de seis subdivis�es, e cada uma cuida de um determinado tema. Um dos subgrupos trabalha na elabora��o de um protocolo de medidas sanit�rias para que os eventos possam ser retomados. Um protocolo completo ainda n�o foi fechado, mas a ideia principal � come�ar a realizar eventos menores com o uso de m�scaras e �lcool em gel e respeitando um distanciamento entre os participantes. Outras ideias incluem monitorar a temperatura e controlar o fluxo de entrada e sa�da, que seriam escalonadas.
 
“A nossa dificuldade � criar um protocolo que se encaixe para todo o setor, que � muito diverso. Eventos maiores v�o precisar de mais protocolos”, conta Alu�sio Mour�o, da empresa de eventos na �rea de TI HBA Tecnologia, que integra o movimento. “N�o existe um planejamento nesse sentido por parte dos governos”, afirma Mour�o.
 
As conversas com os governos ainda est�o em fase inicial. Segundo integrantes do Movimenta-SE, as administra��es municipal e estadual n�o tinham at� o momento dados ou planos de a��o concretos em rela��o ao setor. Na �ltima reuni�o com o governo estadual, na segunda-feira, os representantes pediram que o segmento fosse inclu�do em uma das etapas do programa Minas Consciente, que busca orientar as decis�es dos munic�pios sobre a reabertura da economia.
 
Ficou decidido que o grupo apresentar� um planejamento que divide os eventos entre menores e de baixo risco e os mais complexos. A ideia � que os que envolvem menos pessoas possam voltar mais cedo. “O governo entendeu que est�vamos sem norte. Um evento n�o � igual a uma loja, que voc� pode abrir imediatamente. Precisa de planejamento”, afirma T�nia Machado, integrante do movimento e presidente do Instituto Centro Cape, entidade de apoio ao micro e pequeno empres�rio.
 
Nas reuni�es com os governos, os representantes argumentaram a favor da relev�ncia econ�mica do segmento. “Os governos n�o estavam entendendo a gente como um setor que movimenta a economia, que poderia se adaptar. Todo mundo acha que � uma coisa espor�dica. Mas, na verdade, � muito profissional. A grande maioria das empresas envolvidas trabalha exclusivamente com eventos”, diz Alu�sio Mour�o.
 
Al�m disso, o movimento defendeu a necessidade de tratamento igual a outras �reas da economia. “Entendemos que � muito dif�cil falar quando vai voltar. Mas que tamb�m n�o � justo um shopping poder voltar a abrir e uma feira n�o. Sendo que o risco � o mesmo”, conta Alu�sio Mour�o.

Respostas


Em nota, as secretarias de Desenvolvimento Econ�mico (Sede) e de Cultura e Turismo (Secult) do governo de Minas afirmaram que todas as demandas do setor de eventos “est�o sendo discutidas e encaminhadas pra avalia��o, considerando sempre um sistema de crit�rios e protocolos sanit�rios”. Segundo as pastas, o programa Minas Consciente pode ser alterado e � avaliado diariamente. O governo ainda afirma que tomou medidas para amenizar o impacto da COVID-19 nos eventos, como prorroga��o de prazos para projetos aprovados na Lei de Incentivo � Cultura e adapta��o de eventos para os meios digitais e remotos.
 
J� a Prefeitura de Belo Horizonte afirmou que est� elaborando um plano para a retomada das atividades culturais, “levando em conta as especificidades dos espa�os e a intera��o do p�blico nesses ambientes”. O governo da capital mineira ainda destaca a��es de apoio para o setor durante a pandemia, como libera��o de pedidos de readequa��o de projetos aprovados e com execu��o em andamento na Lei Municipal de Incentivo � Cultura, que estavam suspensos. Al�m disso, a PBH afirma que criou um grupo de planejamento de retorno gradual da atividade econ�mica, que inclui os eventos. Em nota, a prefeitura disse que a Belotur “mant�m di�logo aberto com grandes produtores e associa��es representativas do setor de eventos pra desenhar estrat�gias e a��es de retomada”.
 
Uma das esperan�as para a retomada do setor � a realiza��o de eventos que foram adiados para o segundo semestre do ano. O Expominas tem 25 eventos marcados entre agosto e dezembro. A diretora comercial e de marketing do centro de exposi��es, M�rcia Martins, afirma que esses eventos podem mudar de data dependendo da situa��o da crise, mas est�o confirmados. Por outro lado, dois que estavam planejados foram cancelados por causa da pandemia e alguns foram transferidos para o ano que vem. O Expominas aguarda as decis�es da Prefeitura de Belo Horizonte sobre a flexibiliza��o do isolamento, enquanto tamb�m abriga um hospital de campanha constru�do pelo governo do estado.
  

Artesanato

 
Um dos eventos programados para o Expominas � a Feira Nacional do Artesanato, marcada para ocorrer de 1º a 6 dezembro. Uma das organizadoras, T�nia Machado, est� otimista e trabalhando no planejamento acreditando que a feira vai se realizar na data marcada. Esse ano, o evento deve seguir os protocolos sanit�rios que est�o sendo tra�ados pelo setor, como entrada e sa�da escalonada e distanciamento. Outra iniciativa de adapta��o � uma grava��o da feira em 360 graus para ser publicada na internet. “Muitos artes�os t�m no artesanato a �nica fonte de renda. Se n�o tiver a feira, n�o sei o que vai ser do artesanato”, argumenta.
 
Com as medidas para prevenir a propaga��o do coronav�rus, T�nia Machado calcula que o custo da Feira Nacional do Artesanato vai aumentar e ultrapassar os R$ 300 mil. Por causa da necessidade de higieniza��o dos espa�os, o evento deve contratar 200 funcion�rios de limpeza a mais que o normal. Por outro lado, o n�mero de visitantes deve diminuir pela metade. “Voltar no n�vel que era antes n�o vai, pelo menos n�o r�pido. Todos os eventos v�o cair de p�blico por causa dos protocolos de prote��o contra o v�rus”, conclui T�nia Machado.

*Estagi�rio sob supervis�o do subeditor Marc�lio de Moraes


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