O Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FGTS), que historicamente perdeu em rentabilidade para a infla��o e todas as modalidades de investimento, tornou-se uma das melhores aplica��es para o trabalhador quando comparada a outras alternativas de renda fixa. Remunera o cotista com taxa de 3% ao ano e, assim, j� empata com a Selic, supera a caderneta de poupan�a, que paga aos poupadores 70% da Selic, e o rendimento m�dio do Certificado de Dep�sito Banc�rio (CDB), de 85% do CDI, sobre o qual ainda incide cobran�a de Imposto de Renda (IR).
A vantagem do rendimento do FGTS sobre as demais aplica��es pode aumentar ainda mais em junho, quando o Copom deve fazer mais um corte na taxa b�sica de juros, de 0,50 ou 0,75 ponto porcentual, para 2,50% ou 2,25% ao ano, segundo expectativas dos analistas do mercado financeiro. Em janeiro, para efeito de compara��o, o CDI rendia ao investidor 0,38%. Agora em maio, com a mais recente queda da Selic, o CDI passou a pagar 0,23%. O FGTS, por sua vez, rendeu 0,25%.
Tais compara��es servem para mostrar que, dentro do universo da renda fixa, deixar o dinheiro parado no fundo pode ser uma boa op��o. Desde o ano passado est� em vig�ncia um programa da Caixa Econ�mica Federal que permite ao trabalhador sacar parcelas de seu saldo no FGTS na data de seu anivers�rio. O objetivo do governo, com o programa, � injetar recursos na combalida economia do Pa�s.
De acordo com o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, para o trabalhador que conseguir passar pela crise atual sem precisar lan�ar m�o do seu saldo no FGTS, o melhor que ele faz � deixar o dinheiro parado l�.
"O FGTS hoje � uma boa aplica��o porque est� dando 3% ao ano e a sua regra n�o muda com os movimentos da Selic e da poupan�a. Ent�o, o fundo vai ter pelo menos 0,50% de rentabilidade real no ano (descontada a infla��o)", prev� o economista. Ele projeta que a infla��o dever� fechar 2020 em torno de 2,50% e a Selic em 2,25% ao ano.
Em janeiro, quando a Selic estava em 4,50% ao ano, o CDI rendia 0,38% ao m�s; o CDB, 0,32%; a poupan�a, 0,26% e o FGTS, 0,25%.
Em maio, quando o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central (BC) reduziu a Selic para 3% ao ano, o CDI pagou 0,23% ao m�s; o CDB, 0,20%; a poupan�a, 0,17%; e o FGTS, 0,25%. Vale notar que, no caso do CDB, a al�quota de IR varia de acordo com o tempo da aplica��o.
Para junho, m�s em que a Austin Rating projeta que a Selic cair� 0,75 ponto porcentual, para 2,25% ao ano, o CDI dever� render 0,19% ao m�s, o CDB pagar� 0,16%, a poupan�a render� 0,13% e o FGTS, 0,25% ao m�s. Todos os retornos do CDI e do CDB foram calculados com base em uma al�quota de IR de 22,5%.
Ainda, de acordo com Agostini, em dezembro de 2019, quando a Selic estava em 4,50% ao ano, um trabalhador que tivesse investido igualmente R$ 1.000 em CDI, CDB, poupan�a e FGTS, em dezembro deste ano, ap�s 12 meses, teria auferido rendimentos de 2,31% no CDI, 1,06% no CDB, 2,04% na poupan�a e 3,00% no FGTS.
Quando os c�lculos s�o feitos considerando a Selic de maio, de 3% ao ano, e assumindo que ela vai ser reduzida em junho para 2,25% ao ano, assim permanecendo at� maio de 2021, o rendimento dos R$ 1.000 no CDI ser� de 1,83%. No CDB ser� de 1,56%, na poupan�a, de 1,58%, e no FGTS, de 3%. A rentabilidade de todos os investimentos n�o leva em considera��o a infla��o. Caso fosse descontado a taxa do IPCA, o rendimento seria ainda menor e, em alguns casos, at� mesmo negativo.
Segundo a Caixa Econ�mica Federal, no fim de 2018, o ativo total do FGTS era de R$ 529,2 bilh�es - o banco fecha o balan�o do fundo do ano anterior sempre no m�s de agosto do ano subsequente. O balan�o de 2019 ser� fechado apenas em agosto deste ano.
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ECONOMIA
Com Selic no menor patamar da hist�ria, rentabilidade do FGTS supera renda fixa
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