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Estado de Minas

Kits de prote��o para trabalhadores na colheita de algod�o

Em meio � pandemia de Covid-19, diaristas recebem equipamentos de prote��o individual em planta��es no norte de Minas


postado em 26/05/2020 13:05 / atualizado em 26/05/2020 13:40

 
Kits de proteção garantem segurança para trabalhadores rurais no norte de Minas(foto: Alberto Oliveira/Solidaridad Brasil)
Kits de prote��o garantem seguran�a para trabalhadores rurais no norte de Minas (foto: Alberto Oliveira/Solidaridad Brasil)
Para que a colheita da safra 2019/20 de algod�o, no norte de Minas, (entre abril e junho)aconte�a de forma segura, durante a pandemia do coronav�rus, 750 kits de prote��o individual foram distribu�dos a trabalhadores que nesta �poca do ano chegam a Catuti, a 226 quil�metros de Montes Claros. Iniciativa do projeto Tecendo o Valor, desenvolvido pelo Solidaridad Brasil, no semi�rido brasileiro.
Entre os equipamentos adquiridos em car�ter de urg�ncia est�o luvas, viseira, marmita e garrafa t�rmicas, botinas e itens para higieniza��o individual (garrafa para �gua e sab�o l�quido). As lavouras de algod�o atendidas no munic�pio ocupam uma �rea de 500 hectares. Grande parte a produ��o � atrav�s da agricultura familiar. Os produtores n�o possuem maquin�rio e dependem da colheita manual.
A entrega dos kits e treinamento dos trabalhadores rurais para o uso adequado dos itens � de responsabilidade da Cooperativa dos Produtores Rurais de Catuti (Coopercat), com apoio da Associa��o Mineira dos Produtores de Algod�o (Amipa) e do Fundo de Desenvolvimento da Cotonicultura do Estado de Minas Gerais (Algominas), por meio Programa Mineiro de Incentivo � Cultura do Algod�o (Proalminas).
O projeto Tecendo Valor vem, desde 2016, apoiando a produ��o de algod�o sustent�vel por meio de boas pr�ticas agr�colas e o uso de irriga��o suplementar por gotejo. O objetivo � garantir a certifica��o BCI- Better Cotton Initiative (traduzido do ingl�s: Iniciativa por um Algod�o Melhor), que busca um futuro mais sustent�vel para os agricultores familiares do norte de Minas Gerais e do sudoeste da Bahia. O projeto contempla mais de 500 produtores e tem como prop�sito fortalecer  cooperativas locais.
Para o gerente de pa�s da Solidaridad Brasil, Rodrigo Castro, a a��o reconhece o trabalho de produtores durante a pandemia. "A seguran�a dos trabalhadores rurais � uma prioridade para a Solidaridad. E pela preocupa��o que tivemos com os riscos de exposi��o deles ao novo Coronav�rus, n�s estamos promovendo esta a��o de prote��o em parceria com as associa��es”, afirma.
Nos anos entre  1970 e 1980, a regi�o era uma das principais produtoras de algod�o no Brasil, tendo  como caracter�stica o grande envolvimento de agricultores familiares. Algo em torno de 80 fam�lias. Em 1990, a praga do bicudo praticamente dizimou o cultivo. Aos poucos, com a��es governamentais, entidades rurais e centros de pesquisa a praga come�ou a ser controlada. Por�m, em 2011 a regi�o passou por uma das maiores crises h�dricas e os produtores precisaram reinventar os plantios.
Com apoio de fundos de incentivo, os algodoeiros adotaram a “irriga��o de salvamento”. O sistema � operado atrav�s do gotejo, utilizando-se a �gua da chuva coletada em tanques constru�dos para armazenamento e bombeadas em grande parte por meio tubular de baixa vaz�o. As gotas v�o diretamente ao p� da planta, evitando desperd�cio do l�quido, inclusive com evapora��o. 
Em outro sistema, sequeiro (que depende apenas da precipita��o pluvial) o algod�o tem qualidade inferior e produ��o menor por hectare. A irriga��o de gotejo n�o � usada durante todo o ciclo produtivo e � acionada em momentos cr�ticos de seca. O algod�o � uma das culturas mais resistentes � escassez h�drica, por isso � ideal para o semi�rido. Ao se associar a tecnologias, passa a ter valor agregado significativo.
De acordo com a Associa��o Brasileira de Produtores de Algod�o - Abrapa, nos �ltimos anos, o Brasil tem se mantido entre os cinco maiores produtores mundiais, ao lado de pa�ses como China, �ndia, EUA e Paquist�o. Ocupa o primeiro lugar em produtividade em sequeiro. O pa�s tem figurado tamb�m entre os maiores exportadores mundiais. E no cen�rio interno est� entre os maiores consumidores mundiais de algod�o em pluma.
Em janeiro o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) previa uma safra recorde para 2020. A proje��o era de podu��o de 7,1 milh�es de toneladas de algod�o em caro�o, um crescimento de 2,7% em compara��o com 2019. A �rea plantada, atualmente em 1,7 milh�o de hectares, deve crescer 7,1% neste ano. O algod�o sofre maior volatibilidade diante do avan�o do coronav�rus uma vez que a �sia, epicentro da crise, � compradora de 85% das exporta��es brasileiras da fibra.
No fim de fevereiro e come�o de mar�o, os pre�os dom�sticos do algod�o voltaram a subir, de acordo com o Centro de Estudos Avan�ados em Economia Aplicada (Cepea). Os valores encontraram suporte no bom resultado das exporta��es, na valoriza��o do d�lar e na expectativa de redu��o da �rea de produ��o nos Estados Unidos para a temporada 2020/2021. A desvaloriza��o do real deve continuar dando suporte � recupera��o dos pre�os dom�sticos na safra 2020 de algod�o.
 
Sobre o projeto Tecendo Valor
 
Lan�ado no fim de 2015, com proje��o de seis anos, o projeto Tecendo o Valor tem como prop�sitoo desenvolvimento de um modelo de produ��o de algod�o sustent�vel para agricultura familiar no semi�rido. Entre outros objetivos, busca atrair empresas do setor de fibras e vestu�rio, com forte inser��o em mercados nacionais e internacionais, para ter nos produtores familiares uma de suas fontes de suprimentos. Outro ponto importante � a possibilidade de sistematiz�-lo como um modelo a ser replicado em outras regi�es do Brasil e em outros pa�ses, especialmente na �frica.
A Solidaridad Brasil � uma organiza��o internacional da sociedade civil que atua h� mais de uma d�cada no desenvolvimento de cadeias de valor socialmente inclusivas, ambientalmente respons�veis e economicamente rent�veis da agropecu�ria. Busca acelerar a transi��o para uma produ��o inclusiva e de baixo carbono, contribuindo para a seguran�a alimentar e clim�tica do pa�s e do mundo. Atualmente desenvolve com seus parceiros iniciativas de sustentabilidade nas cadeias do algod�o, cacau, caf�, cana-de-a��car, erva-mate, laranja, pecu�ria e soja.


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