A Confedera��o Nacional da Agricultura e Pecu�ria do Brasil (CNA) revisou sua estimativa de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecu�ria em 2020 de alta entre 3,5% e 4% para avan�o de 2,5%, segundo o coordenador do N�cleo Econ�mico da Confedera��o, Renato Conchon. "A revis�o deve-se aos efeitos clim�ticos adversos que prejudicaram a produtividade de soja, milho e milho safrinha e aos impactos do novo coronav�rus na cadeia agropecu�ria, com as medidas de isolamento social adotadas para controle da doen�a", afirmou Conchon ao Broadcast Agro.
Para o PIB geral do Pa�s, a CNA espera recuo de 5,8% no ano, com vi�s de baixa. Se confirmadas as proje��es, a participa��o do agroneg�cio no PIB nacional deve passar de 21,4% em 2019 para 23,6% ao fim deste ano, estima a CNA.
Na an�lise de Conchon, mesmo que apresente maior resili�ncia na compara��o com outros setores, a agropecu�ria n�o deve passar ilesa dos reflexos econ�micos da covid-19. "O setor, geralmente, apresenta efeito retardados da crise. Agora, estamos acompanhando com preocupa��o o preparo da safra 2020/21", considerou o coordenador. Ele explicou que o receio do setor � principalmente com os produtores que ainda n�o adquiriram pacote tecnol�gico para a pr�xima safra. "Quem adquiriu em janeiro, comprou os insumos com d�lar em R$ 4,40. Agora, o d�lar est� no patamar de R$ 5,40, o que vai corroer a rentabilidade do produtor e fazer com que opte por um pacote tecnol�gico menor", explicou Conchon. Isso pode se refletir na produtividade da safra e, consequentemente, na produ��o agropecu�ria geral.
Quanto ao primeiro trimestre deste ano, a CNA avalia o desempenho da agropecu�ria como "satisfat�rio". Os destaques positivos, considera Conchon, foram o aumento de produtividade na soja e no arroz, enquanto a queda no rendimento do milho pesou sobre o resultado. J� a pecu�ria n�o contribuiu para o crescimento, analisa o coordenador. "O desempenho da pecu�ria veio abaixo do que estava sendo observado, em virtude da sazonalidade do consumo, da menor importa��o da China no in�cio do ano e do impacto do fechamento de restaurantes na cadeia de pescados", aponta.
Para o segundo trimestre deste ano, a CNA espera ver a continuidade do crescimento do PIB agro, puxado pela posterga��o da safra de milho, pela colheita de cana, caf� e citros. "O setor sucroenerg�tico est� sofrendo em rentabilidade, com queda no consumo do etanol e recuo dos pre�os internacionais do ado�ante, mas a produ��o do segundo trimestre deve ser firme e at� melhor que a contribui��o dada pela agropecu�ria em igual per�odo do ano passado", pondera Conchon.
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