Consumo de energia cai 6,6% em abril, diz EPE

A Resenha Mensal da Empresa de Pesquisa Energ�tica (EPE) de abril registrou uma queda de consumo de energia el�trica de 6,6%, para 37.116 gigawatts-hora (GWh), refletindo pela primeira vez o impacto em um m�s inteiro da pandemia do covid-19.

O setor comercial foi o mais atingido, com queda de 17,9%, seguido pela ind�stria, com perda de 12,4% no consumo. J� o setor residencial subiu 6%, sinalizando aumento da demanda trazida pelo isolamento social, que obrigou as pessoas a ficarem mais em casa, informou a EPE.

"O fechamento tempor�rio de estabelecimentos e lojas do setor de com�rcio e servi�os n�o essenciais impactou de forma expressiva as vendas do com�rcio (varejista e atacadista) e as atividades de hot�is e restaurantes, setores mais afetados negativamente. Com a redu��o da atividade econ�mica do setor, todas as regi�es do pa�s apresentaram queda no consumo de eletricidade na classe comercial, sendo que o Nordeste (-21,7%) e o Sudeste (-19,3%) foram as regi�es que tiveram as maiores retra��es no consumo", informou a EPE em nota.

A regi�o Sudeste, al�m de sofrer pelas restri��es nas atividades de com�rcio e servi�os, tamb�m sofreu influ�ncia do clima mais ameno em rela��o ao m�s de abril de 2019.

"Mesmo com os ciclos de faturamento mais alongados, em rela��o � per�odo equivalente do ano anterior, em algumas distribuidoras com participa��o expressiva no mercado total, esse efeito sobre o consumo da classe n�o foi suficiente para compensar a queda causada pela interrup��o parcial da atividade econ�mica", explicou a EPE.

Entre as principais quedas registrada pela ind�stria, as mais intensas foram sentidas pelo setor automotivo (-47,3%), t�xtil (-28,5%) e produtos met�licos exceto m�quinas e equipamentos (-24,9%).

Al�m de mais tempo da popula��o em casa, o resultado residencial tamb�m foi influenciado, por ciclos de faturamento com mais dias em rela��o � per�odo equivalente no ano anterior nas distribuidoras com participa��o significativa no mercado de distribui��o.

"Descontado esse efeito, o crescimento verificado na classe residencial em abril seria em torno de 2%. Na regi�o Sudeste, que corresponde � metade do consumo na classe residencial, a taxa de +1,1% passaria a cerca de -1% sem o efeito do ciclo de faturamento, refletindo tamb�m a influ�ncia do clima mais ameno comparativamente a abril de 2019", explicou a EPE.