� frente da interlocu��o da equipe econ�mica com o meio empresarial, o secret�rio especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Minist�rio da Economia, Carlos da Costa, informa que 90% dos setores econ�micos no Pa�s j� t�m protocolos prontos para o retorno ao trabalho com a abertura da economia depois do isolamento social da pandemia da covid-19.
O mapeamento foi feito pelo Minist�rio da Economia por meio das entidades representativas. Os protocolos s�o orienta��es sobre como trabalhar para reduzir a possibilidade de contato. "O Brasil n�o parou, est� todo mundo planejando h� algum tempo. Temos de planejar a retomada para, quando tivermos o retorno seguro, termos recomenda��es. A decis�o � local, mas vamos defender o que acreditamos, como atividades essenciais que n�o devem parar", diz.
Em entrevista ao Estad�o/Broadcast, o secret�rio diz que h� chance de o governo lan�ar um aux�lio de R$ 10 mil para microempres�rios como um b�nus para adimpl�ncia futura do pagamento de tributos. "Seria em situa��es muito espec�ficas, para os pequenos", informa.
Como o governo planeja a retomada das atividades? Haver� um cronograma por setor?
Vai partir de uma metodologia liderada pelo Minist�rio da Sa�de, n�o � uma decis�o econ�mica. Como disse o general Braga Neto (ministro da Casa Civil), em breve anunciaremos nossa estrat�gia de retorno seguro �s atividades econ�micas. Outra coisa � agenda da retomada do crescimento, que tem os mesmos princ�pios e projetos que j� v�nhamos implementando, s� que agora com mais senso de urg�ncia. � como se fosse um grande pacto pela retomada do crescimento. Envolve outros Poderes, o Legislativo, governos subnacionais.
O impacto econ�mico de uma abertura errada da economia n�o pode ser maior? Como isso est� sendo tratado dentro do Minist�rio da Economia?
Cito o exemplo da Abrainc (associa��o das grandes empresas de incorpora��o e constru��o). Eles t�m 55 mil trabalhadores diretos, 93% continuaram trabalhando. Dez faleceram de covid-19. Cada morte vale, claro, mas o v�rus est� a�. O porcentual de mortos entre os que trabalharam foi menor do que aqueles que est�o em isolamento. Como eles conseguiram fazer essa m�gica? Eles foram a primeira associa��o a enviar v�deos sobre protocolos de trabalho. Protocolos de distanciamento, de uso de m�scara, equipamentos de prote��o individual, �lcool em gel. Nossa interpreta��o � que essas pessoas, que iam ao trabalho, eram instru�das e treinadas sobre ferramentas e tinham todo o suporte para ter o melhor comportamento, inclusive em suas intera��es sociais, para evitar o cont�gio. O trabalho nesse caso ajudou a reduzir o cont�gio. J� mapeamos que 90% dos setores econ�micos t�m, por meio de suas entidades representativas, protocolos prontos.
O que significa na pr�tica ter protocolo pronto?
Os protocolos s�o orienta��es sobre como trabalhar para reduzir a possibilidade de contato. Shopping centers, ind�stria eletroeletr�nica, setor agropecu�rio, 90% da nossa economia j� t�m. Estamos planejando a retomada h� algum tempo, junto com o setor privado. O Brasil n�o parou, est� todo mundo planejando h� algum tempo. Temos de planejar a retomada para, quando tivermos o retorno seguro, termos recomenda��es. A decis�o � local, mas vamos defender o que acreditamos, como atividades essenciais que n�o devem parar.
O financiamento da folha de pagamentos n�o saiu como esperado na crise. Como isso ser� revisto e como ser�o outros programas para fazer o cr�dito chegar �s empresas?
O cr�dito � um problema no mundo. Nos EUA, dos R$ 2,6 trilh�es anunciados, s� 4% chegaram na ponta. O financiamento da folha de pagamentos foi o primeiro grande programa. O problema � que exigia que a empresa tivesse a folha no banco, muitas n�o tinham. Segundo problema � que exigia que a empresa n�o demitisse depois, e muitas empresas n�o estavam dispostas. Estamos trabalhando no Congresso agora para ampliar escopo e retirar restri��es. Acreditamos muito que os fundos garantidores v�o desempo�ar o cr�dito.
Uma das mudan�as que podem ser feitas � flexibilizar a quest�o de n�o poder demitir. Isso ser� aceito pelo governo?
Isso est� no meio de uma negocia��o. Vai depender do impacto. Se a exig�ncia de n�o demitir gerar mais demiss�es, temos de rever. S� faria sentido relaxar a exig�ncia de n�o demitir se isso contribuir para reduzir as demiss�es. N�o est� na mesa liberar total.
E o programa para m�dias empresas com recursos do Fundo Garantidor de Investimentos (FGI)? Quando sai?
Est� para sair. O texto da medida provis�ria est� pronto na Casa Civil. Estamos muito confiantes. As medidas para preserva��o de emprego at� agora deram muito certo, mas nossos empres�rios est�o sofrendo demais. Muito pequeno empres�rio quer reabrir, quer trabalhar e n�o consegue.
O ministro Paulo Guedes falou em dar R$ 10 mil para os pequenos empres�rios. Essa ideia tem chance de prosperar?
Estamos estudando com seriedade. Temos de apoiar os pequenos. A retomada provavelmente vir� dos pequenos. Empresas que pagam impostos e que v�o conseguir pagar em dia seus cr�ditos, estamos pensando em uma maneira de apoi�-las com esse b�nus. Seria em situa��es muito espec�ficas, para os pequenos.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
ECONOMIA