BNDES diz querer, ainda este ano, come�ar a atuar como fiador, como garantidor

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, afirmou nesta segunda-feira, 15, que a institui��o de fomento pretende, ainda este ano, come�ar a atuar como fiador de empr�stimos ou emiss�es de t�tulos no mercado de capitais, em vez de, como faz tradicionalmente, prover diretamente os financiamentos.

O executivo fez o coment�rio no semin�rio online "Retomada do crescimento por meio de investimentos em Infraestrutura", promovido pelo Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) e pelo BNDES, mas n�o deu detalhes sobre como se daria essa nova fun��o - nem se seria exclusiva para o financiamento de investimentos em infraestrutura.

Montezano citou a recente medida de capitaliza��o, pelo Tesouro Nacional, do Fundo Garantidor de Investimentos (FGI), fundo de aval administrado pelo banco de fomento voltado para pequenas e m�dias empresas. Segundo o executivo, � uma primeira iniciativa para o BNDES atuar "em escala" como garantidor de empr�stimos.

"Queremos, ainda este ano, j� come�ar a atuar em opera��es como fiador, como garantidor. � o inverso do que o BNDES fazia tradicionalmente, como funding provider", afirmou Montezano, citando que a ideia � ser fiador tamb�m no mercado de capitais.

Segundo o presidente do BNDES, atuando na concess�o de fian�as e avais, o banco de fomento teria mais uma ferramenta para operar em sindicatos de institui��es de financeiras. Nas linhas de apoio �s grandes companhias dos setores mais afetados pela pandemia, como o setor a�reo, o BNDES tem coordenado um sindicato de bancos privados.

M�s passado, em entrevista coletiva online ao lado do ministro de Infraestrutura, Tarc�sio Freitas, Montezano j� havia sinalizado que o banco de fomento queria atuar mais em garantias, tamb�m sem dar detalhes.

Estrutura��o de projetos

O secret�rio-executivo do Minist�rio da Economia, Marcelo Guaranys, frisou o fato de que, mesmo durante a crise, o BNDES continuou o trabalho de estrutura��o de projetos de concess�o. Citou tamb�m o programa Pr�-Brasil, lan�ado pela Casa Civil para organizar projetos de investimento em infraestrutura como "ferramenta importante" na retomada da economia. Ao comentar o programa, Guaranys frisou que a ideia surgiu na Casa Civil - o projeto n�o teve participa��o do Minist�rio da Economia, o que gerou mal-estar entre os ministros.

Assim como Guaranys, o presidente do BNDES ressaltou a import�ncia do trabalho de estrutura��o de projetos de concess�o.

Segundo o executivo, a elabora��o de projetos pelo banco de fomento "est� indo bem", por causa da demanda por parte de governos, e j� h� mais projetos de concess�o em �mbito estadual do que na esfera federal. Para Montezano, diante da crise econ�mica, n�o � hora de mudar a estrat�gia, mas sim de intensificar a estrat�gia de atrair investimentos privados por meio de concess�es.

"Se j� t�nhamos a pol�tica de alavancar recursos privados por conta da situa��o fiscal, tanto federa quanto estadual, com volume de gastos para combater para a crise e o que est� por vir, � mais importante ainda alavancar recursos alternativos (ao gasto p�blico)", afirmou Montezano.