A Caixa Econ�mica Federal inicia nesta ter�a-feira, 16, a oferta de empr�stimos a micro e pequenas empresas por meio do Programa Nacional de Apoio �s Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), uma das apostas do governo Bolsonaro para destravar os empr�stimos neste segmento. O banco p�blico, cuja ades�o � linha foi antecipada pelo Broadcast (sistema de not�cias em tempo real do Grupo Estado) na semana passada, ter� or�amento de R$ 3 bilh�es para operar a linha, mas pode ampli�-lo caso haja demanda, conforme o presidente da institui��o, Pedro Guimar�es.
"O segmento de microempresas era pouqu�ssimo atendido antes da pandemia. Essa � uma consequ�ncia construtiva da resposta do governo e da Caixa para a crise que aconteceu", disse o executivo, em transmiss�o pelas redes sociais, realizada no per�odo da tarde desta ter�a-feira.
A Caixa j� empresou R$ 7 bilh�es para as micro e pequenas empresas na crise, informou Guimar�es. Desse volume, mais de R$ 1 bilh�o foram concedidos por meio da parceria com o Sebrae.
A ades�o ao Pronampe, de acordo com ele, vai permitir que a oferta de cr�dito seja ampliada a um maior n�mero de empresas. Isso porque a linha resolve uma das principais dificuldades dos pequenos neg�cios, que � a garantia para obter cr�dito. No caso do Pronampe, o Fundo de Garantia de Opera��es (FGO), administrado pelo Banco do Brasil, vai cobrir at� 85% de eventual inadimpl�ncia dos empr�stimos.
O programa � voltado a empresas com faturamento anual de at� R$ 4,8 milh�es. A partir desta ter�a, aquelas que optam pelo Simples Nacional. A partir do dia 23 de junho, o cr�dito come�a a ser disponibilizado para empresas n�o optantes pelo Simples Nacional. J� no dia 30 de junho, os microempres�rios individuais, os MEIs, j� poder�o solicitar os recursos na Caixa.
A taxa de juros dos empr�stimos ser� equivalente a Selic mais 1,25% ao ano. O patamar cobrado, conforme o presidente da Caixa, � in�dito no Pa�s. "Essa taxa era do cr�dito mensal. Ter uma taxa de 4,25% ao ano, eu nunca vi", disse ele.
Apesar de a taxa ser baixa para os tomadores, do lado do banco, conforme o presidente da Caixa, a rentabilidade das opera��es � poss�vel diante da garantia do FGO e uma menor exig�ncia de capital por parte do Banco Central. Esse era, inclusive, uma das demandas dos bancos para operar o Pronampe, conforme antecipou o Broadcast, na semana passada.
"A taxa seria baixa, certamente, se n�o houvesse garantia de 85% do fundo e caso tiv�ssemos a mesma demanda de capital pelo BC. Esses dois pontos permitem rentabilidade muito melhor", esclareceu Guimar�es.
Ele afirmou ainda que o objetivo da Caixa com o Pronampe n�o � s� 'ganhar dinheiro' com a linha, mas se aproximar das micro e pequenas empresas. Na mira do banco, est� o p�s-crise. Os bancos que estiverem pr�ximos das empresas neste momento 't�o grave', de acordo com Guimar�es, poder�o abocanhar parte relevante dos neg�cios dessas empresas depois que a pandemia passar.
"Esse � um dos focos Caixa, que prioriza o cr�dito imobili�rio, o microcr�dito e pol�ticas sociais. N�o � um banco que vai emprestar para empresas gigantes", concluiu o presidente da Caixa.
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