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Estado de Minas ECONOMIA

'� fundamental manter aux�lio de R$ 600'


postado em 20/06/2020 07:10

Diante das disputas pol�ticas que agravam a crise causada pelo novo coronav�rus no Brasil - e que j� fazem a previs�o m�dia de queda do PIB neste ano superar 6% -, o executivo Roberto M�ssnich, presidente do Atacad�o, do grupo Carrefour, afirma que um movimento foi vital para que a crise n�o se agravasse ainda mais: a libera��o do aux�lio de R$ 600 para trabalhadores aut�nomos.

"Foi fundamental e � fundamental continuar. N�o sei at� onde vai a capacidade do governo. Achei muito sens�vel e r�pida a resposta da m�quina p�blica", disse ele, ao participar, nesta semana, da s�rie de entrevistas ao vivo Economia na Quarentena, do Estad�o.

Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista.
Como o Atacad�o se preparou para manter o atendimento durante a crise?


O Atacad�o virou atividade essencial. No primeiro momento, nossa preocupa��o foi em proteger nossos colaboradores e clientes. Fizemos ajustes, com a��es de limpeza, m�scaras, medi��o de temperatura de cliente e uma readequa��o nas lojas. Afastamos pessoas que faziam parte do grupo de risco. Dos 55 mil colaboradores, foram 3,8 mil pessoas.

Como tem sido o atendimento durante a pandemia?

Na �ltima semana de mar�o, tivemos uma busca muito forte por produtos, um crescimento de mais de 20% em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado. Nossa venda, por�m, tem 20% de participa��o dos restaurantes. Teoricamente, perder�amos essa venda. Mas fizemos ajustes r�pidos. Os mercados pequenos de bairro ganharam import�ncia. Estamos em 230 endere�os. O t�quete m�dio de compra aumentou 25%.

As pessoas mudaram seus h�bitos de consumo?

Toda crise gera oportunidade. Estar num ambiente seguro hoje � mais importante do que a marca A ou B. As compras passaram a ser mais racionais do que por impulso. E houve uma busca por produtos b�sicos. E nisso somos muito bons. Em mar�o, n�o se vendeu nada de bebidas. Depois, come�aram as pequenas indulg�ncias - de uma carne melhor, cerveja e vinho. Entender esse movimento que as pessoas fizeram foi muito importante.

J� d� para prever como ser� o consumo p�s-pandemia?

Vamos ter um per�odo de desemprego e dinheiro contado. As pessoas v�o pensar antes de comprar alguns produtos. Elas podem migrar para marcas alternativas para poder comprar duas unidades de um produto, em vez de uma. Por isso, temos sempre uma marca A, uma B e uma C � disposi��o nas lojas. Acredito que os produtos chegaram num padr�o que o ruim n�o vende de novo. As pessoas v�o fazer trocas, sim.

Como vai ficar a compra das lojas do Makro?

Nosso investimento est� garantido este ano. No ano passado, fizemos 20 lojas. Neste ano, talvez cheguemos a 18, mas j� h� 20 em constru��o. Al�m disso, o Makro decidiu se concentrar em S�o Paulo, e compramos 30 pontos privilegiados fora do Estado. Estamos aguardando o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica). A partir da�, vamos fazer dessas lojas Atacad�o. N�o sei se conseguimos fazer tudo isso neste ano, mas com certeza faremos at� mar�o ou abril de 2021.

A crise pol�tica est� afetando ainda mais a nossa economia. Como � viver uma crise em cima de outra?

Quando todos tentam se retaliar, � ruim. Vamos ver uma pobreza crescente - e todos estamos no mesmo barco. Ou todos sobrevivemos ou todos afundamos. Agora n�o � momento de discuss�o. Vamos deixar para discutir quando as coisas estiverem bem.

O aux�lio emergencial de R$ 600 ajudou nesse tempo de pandemia? Ele deveria ser estendido, em sua opini�o?

� extremamente importante. Fomos a primeira empresa a aceitar o cart�o do benef�cio no caixa. Ajustamos o nosso sistema para aceitar o cart�o da Caixa. Quando voc� est� na loja, v� o qu�o isso � importante para a necessidade b�sica. Foi fundamental e � fundamental continuar. N�o sei at� onde vai a capacidade do governo para ajudar as pessoas. Achei muito sens�vel e muito r�pida a resposta da m�quina p�blica. Acredito sim em uma recupera��o mais r�pida se cada um contribuir. N�s contratamos 5 mil pessoas (desde o in�cio da pandemia). Na quinta-feira, inauguramos uma loja nova em Picos, no Piau�, com 350 empregos diretos.


As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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