O JP Morgan manteve sua proje��o de que o Banco Central far� um corte de 0,50 ponto porcentual na reuni�o de agosto do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), levando a taxa b�sica de juros, a Selic, para 1,75% ano. J� no cen�rio pol�tico, o banco americano v� o in�cio de um "novo cap�tulo da saga pol�tica" com a pris�o de Fabr�cio Queiroz, ex-assessor de Fl�vio Bolsonaro, de acordo com relat�rio divulgado neste final de semana.
Para os estrategistas do JP, a pris�o de Queiroz aumenta a tens�o pol�tica no Brasil, pois aproxima as investiga��es da fam�lia do presidente Jair Bolsonaro.
Sobre a taxa b�sica de juros, o JP Morgan avalia que a infla��o abaixo da meta da autoridade monet�ria e um cen�rio de crescimento econ�mico mais preocupante do que constou no comunicado da �ltima reuni�o - que reduziu a Selic para 2,25% e sinalizou a possibilidade de corte "residual" pela frente - apoiam a previs�o de redu��o de 0,50 ponto.
O maior risco para um corte de 0,50 ponto na reuni�o de agosto � o cen�rio fiscal, alerta do JP Morgan. At� agora, o governo manteve o aumento de gastos p�blicos para conter os efeitos da pandemia de coronav�rus restrito a 2020, mas press�es para estender estas despesas para 2021 ou sinais de que a �ncora fiscal pode ser abandonada pelo Planalto podem afetar os pr�ximos passos do BC, observa o relat�rio.
A vis�o do JP Morgan � que o ajuste fiscal ser� retomado em 2021. Por isso, o BC vai cortar a Selic para 1,75%, mantendo as taxas neste n�vel historicamente baixo at� o segundo semestre do ano que vem.
Indicadores, como o �ndice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) divulgado na semana passada, apontam que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no segundo trimestre pode vir levemente melhor que o esperado pelo banco americano, destaca o relat�rio. O JP prev� para o per�odo contra��o trimestral anualizada de 51%. O IBC-Br caiu 9,73% em abril ante mar�o, enquanto o JP esperava recuo de 12%.
Contudo, os recentes eventos pol�ticos e a evolu��o da pandemia do coronav�rus, que desacelerou o ritmo de expans�o, mas ainda n�o d� sinais de estabiliza��o, indicam que a fraqueza na atividade econ�mica pode ser mais prolongada. Assim, o JP Morgan manteve sua previs�o de queda de 7% no PIB brasileiro este ano.
ECONOMIA