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Estado de Minas ECONOMIA

Fraudes 'pagariam' R$ 600 a 100 mil no aux�lio emergencial


postado em 27/06/2020 07:21

Uma s�rie de fraudes em saques e pagamentos com recursos do aux�lio emergencial j� leva a Caixa a amargar um preju�zo de mais de R$ 60 milh�es, segundo apurou o Estad�o/Broadcast. Falhas na poupan�a digital e no aplicativo "Caixa Tem", entre outras brechas, t�m permitido que criminosos acessem as contas dos benefici�rios e usem o dinheiro que n�o lhes pertence. O valor do desfalque seria suficiente para pagar a cota de R$ 600 do benef�cio a mais 100 mil brasileiros.

A institui��o detectou que algumas contas est�o sendo acessadas indevidamente, por pessoas que n�o s�o as benefici�rias do aux�lio. Como o calend�rio de saques imp�s restri��es, os fraudadores t�m ampliado sua forma de atua��o e usam o dinheiro para quitar boletos, fazer pagamentos com QR code (uma esp�cie de c�digo de barras) ou utilizam o cart�o virtual da poupan�a digital.

Diante das reclama��es, a Caixa tem reembolsado os benefici�rios que foram v�timas do golpe, mas precisar� arcar com o preju�zo. O problema ocorre depois de a Caixa decidir abrir contas de poupan�a digital para todos os benefici�rios, inclusive aqueles que haviam indicado contas j� existentes para receber o benef�cio, e levou a um jogo de empurra nos bastidores do banco. Nenhuma �rea quer assumir a responsabilidade pelas perdas.

A professora de m�sica Rafaela Priscila Cavalcanti da Silva, de 31 anos, recebeu normalmente a primeira parcela do aux�lio em sua conta poupan�a na Caixa, mas s� ficou sabendo depois que a segunda presta��o havia sido depositada na poupan�a digital. Quando tentou fazer o cadastro no Caixa Tem, no in�cio deste m�s, apareceu a informa��o de que o CPF j� estava cadastrado com outro e-mail e telefone.

Moradora de Cama�ari (BA), Rafaela foi � ag�ncia da Caixa e descobriu que os fraudadores usaram o dinheiro do seu aux�lio para pagar um boleto de R$ 600. A professora fez a contesta��o e, ap�s dez dias, conseguiu reaver os recursos. At� l�, no entanto, precisou atrasar contas. "Foi um preju�zo", diz. Prestes a receber a terceira parcela, tem medo de a hist�ria de repetir. "Ainda acho que n�o � confi�vel."

A ajudante de cozinha Aparecida Zilma, de 34 anos, levou um susto quando foi sacar o dinheiro da segunda parcela do aux�lio em 19 de maio. "O atendente falou que eu j� tinha sacado", conta. Benefici�ria do Bolsa Fam�lia, ela tentou retirar o dinheiro diretamente no caixa de uma ag�ncia em Mau� (SP) porque seu cart�o estava com problema e acabou ouvindo que ele havia sido clonado. "Retiraram o dinheiro em Minas Gerais", diz.

Aparecida levou mais de 30 dias para ser reembolsada pela Caixa: s� recebeu o valor sacado indevidamente junto com a terceira parcela, agora em junho. Ela, que perdeu o emprego informal durante a crise, j� vinha atrasando algumas contas para conseguir comprar comida e acabou ficando em situa��o ainda mais delicada. Para segurar as pontas, Aparecida precisou da ajuda do companheiro, Jo�lio, que trabalha como entregador e at� hoje est� com o seu pedido de aux�lio emergencial em an�lise.

Procurada, a Caixa informou que "atua com intelig�ncia, preven��o e combate a fraudes e adota as melhores pr�ticas e ferramentas de mercado para prote��o de suas aplica��es de forma a proteger seus clientes e benefici�rios". Segundo o banco, as �reas de seguran�a realizam monitoramento e mapeamento cont�nuo de seus sistemas, em colabora��o com os �rg�os de seguran�a, com o objetivo de coibir movimenta��es indevidas. "Eventuais ocorr�ncias identificadas s�o tratadas e reportadas � Pol�cia Federal", diz a nota.

Cr�dito indevido

A Caixa tamb�m est� acumulando preju�zos devido a um erro de processamento que levou o banco a depositar o valor do aux�lio em dobro para alguns benefici�rios. Mesmo quem indicou conta em outro banco para receber o benef�cio recebeu a segunda parcela em uma poupan�a digital criada automaticamente pela Caixa. Ap�s um per�odo, o dinheiro que n�o havia sido gasto foi transferido dessa poupan�a para a conta indicada originalmente.

Segundo apurou a reportagem, dentro da Caixa h� quem defenda que o valor pago a mais seja descontado da terceira parcela, mas o jur�dico do banco � contra porque poderia gerar questionamentos. Na aprova��o da lei do aux�lio, o Congresso previu que o dinheiro da pol�tica � completamente blindado de descontos por cobran�a de d�vidas, incluindo cheque especial.
A Caixa respondeu que n�o tem registro de dep�sitos em duplicidade no pagamento do aux�lio emergencial.


As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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