A situa��o da ind�stria brasileira neste momento e pandemia � muito ruim, com cerca de 60% do setor trabalhando com ociosidade da sua capacidade instalada, disse nesta segunda-feira, 29, o presidente da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), Robson Braga de Andrade, participante de uma live organizada pela Editora Globo. O evento tamb�m conta com participa��es do presidente da C�mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux.
De acordo com Andrade, os segmentos da ind�stria considerada essenciais, com a de alimentos, por exemplo, at� t�m trabalhado mais que o normal para atender ao aumento da demanda. "O aux�lio emergencial de R$ 600,00 ajudou aumentar a demanda de produtos essenciais", disse.
Mas o resto da ind�stria, segundo Andrade, tem vivido uma situa��o muito ruim. Ele aponta como setores que est�o enfrentando dificuldades os segmentos de eletrodom�sticos e mobili�rios, entre outros.
O presidente da CNI elogiou a regulamenta��o da MP 936 que permitiu a redu��o da jornada de trabalho e sal�rios por ela propiciar que as empresas possam segurar os empregos de todos os setores da economia, mas especialmente da ind�stria, que trabalha com funcion�rios de elevada qualifica��o.
Por outro lado, criticou Andrade, os micros e pequenos empres�rios da ind�stria, que mais emprega, est�o enfrentando dificuldades para acessar o cr�dito que foi liberado pelo governo. "Muito pouco do cr�dito tem chegado para os micros e pequenos empres�rios da ind�stria. At� come�o de junho s� R$ 3 bilh�es foram liberados", disse.
De acordo com ele, se esses empres�rios chegarem ao ponto de pedir recupera��o judicial, nunca mais eles voltar�o para suas atividades porque, de acordo com Andrade, a Receita Federal Brasileira passa a tratar quem pede recupera��o judicial como mau pagador.
"Se esse empreendedor quebra, fica quebrado para sempre. Falamos muito dos EUA, mas l� o Walt Disney quebrou quatro vezes antes do sucesso. Temos exemplos do Donald Trump. Aqui, se o empres�rio quebra, a Receita o condena", comentou. "Agora estamos esperando que o fundo garantidor de cr�dito seja regulamentado at� o fim deste m�s como foi prometido", disse o presidente da CNI.
Para ele � preciso que haja garantias do cr�dito pelo Tesouro para que os micros e pequenos empres�rios n�o cheguem ao ponto de quebrarem.
ECONOMIA