Sob os efeitos da pandemia do novo coronav�rus sobre a economia, o setor p�blico consolidado (Governo Central, Estados, munic�pios e estatais, com exce��o de Petrobras e Eletrobras) apresentou d�ficit prim�rio de R$ 131,438 bilh�es em maio, informou nesta ter�a-feira, 30, o Banco Central (BC). Este � o maior rombo fiscal em um �nico m�s na s�rie hist�rica do BC, que come�ou em dezembro de 2001. Em abril deste ano, havia sido registrado d�ficit de R$ 94,303 bilh�es.
O resultado prim�rio reflete a diferen�a entre receitas e despesas do setor p�blico, antes do pagamento da d�vida p�blica. Em fun��o da pandemia, cujos efeitos econ�micos se intensificaram em mar�o, o governo federal e os governos regionais passaram a enfrentar um cen�rio de forte retra��o das receitas e aumento dos gastos p�blicos.
O d�ficit prim�rio consolidado do m�s passado ficou dentro do intervalo das estimativas na pesquisa do Proje��es Broadcast, que ia de d�ficit de R$ 144,200 bilh�es a d�ficit de R$ 107,618 bilh�es. A mediana estava negativa em R$ 129,700 bilh�es.
Composi��o
O resultado fiscal de maio foi composto por um d�ficit de R$ 127,092 bilh�es do Governo Central (Tesouro, Banco Central e INSS). J� os governos regionais (Estados e munic�pios) influenciaram o resultado negativamente com R$ 4,768 bilh�es no m�s.
Enquanto os Estados registraram um d�ficit de R$ 4,259 bilh�es, os munic�pios tiveram resultado negativo de R$ 508 milh�es. As empresas estatais registraram super�vit prim�rio de R$ 422 milh�es.
Acumulado do ano
As contas do setor p�blico acumularam um d�ficit prim�rio de R$ 214,021 bilh�es no ano at� maio, o equivalente a 7,37% do PIB, informou o Banco Central. Este resultado foi consequ�ncia do desempenho registrado nos �ltimos meses, em meio aos efeitos da pandemia do novo coronav�rus na economia. Somente em maio, houve d�ficit prim�rio de R$ 131,438 bilh�es.
At� a �ltima segunda-feira, 29, a proje��o oficial do Tesouro para o rombo das contas p�blicas em 2020 era R$ 676 bilh�es, equivalentes a 9,5% do Produto Interno Bruto (PIB). O �rg�o adiantou, por�m, que essa proje��o ser� revisada pela equipe econ�mica para um d�ficit de mais de R$ 800 bilh�es em 2020, caso o aux�lio emergencial pago a desempregados e informais seja prorrogado. Com isso, o d�ficit pode chegar a 11,5% do PIB.
O d�ficit fiscal no ano at� maio ocorreu na esteira do d�ficit de R$ 222,061 bilh�es do Governo Central (7,64% do PIB). Os governos regionais (Estados e munic�pios) apresentaram um super�vit de R$ 6,001 bilh�es (0,21% do PIB) no per�odo. Enquanto os Estados registraram um super�vit de R$ 6,139 bilh�es, os munic�pios tiveram um saldo negativo de R$ 137 milh�es. As empresas estatais registraram um resultado positivo de R$ 2,038 bilh�es no per�odo.
12 meses
As contas do setor p�blico acumulam um d�ficit prim�rio de R$ 282,859 bilh�es em 12 meses at� maio, o equivalente a 3,91% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central (BC).
O d�ficit fiscal nos 12 meses encerrados em maio pode ser atribu�do ao rombo de R$ 298,498 bilh�es do Governo Central (4,12% do PIB). Os governos regionais (Estados e munic�pios) apresentaram um super�vit de R$ 2,066 bilh�es (0,03% do PIB) em 12 meses at� maio.
Enquanto os Estados registraram um super�vit de R$ 4,954 bilh�es, os munic�pios tiveram um saldo negativo de R$ 2,889 bilh�es. As empresas estatais registraram um resultado positivo de R$ 13,573 bilh�es no per�odo.
D�ficit nominal
O setor p�blico consolidado registrou um d�ficit nominal de R$ 140,401 bilh�es em maio. Em abril, o resultado nominal havia sido deficit�rio em R$ 115,820 bilh�es e, em maio de 2019, deficit�rio em R$ 47,558 bilh�es.
No m�s passado, o governo central registrou d�ficit nominal de R$ 132,801 bilh�es. Os governos regionais tiveram saldo negativo de R$ 7,624 bilh�es, enquanto as empresas estatais registraram super�vit nominal de R$ 25 milh�es.
O resultado nominal representa a diferen�a entre receitas e despesas do setor p�blico, j� ap�s o pagamento dos juros da d�vida p�blica. Em fun��o da pandemia do novo coronav�rus, que reduziu a arrecada��o dos governos e elevou as despesas, o d�ficit nominal tem sido mais elevado nos �ltimos meses.
No ano at� maio, o d�ficit nominal somou R$ 366,154 bilh�es, o que equivale a 12,60% do PIB. Em 12 meses at� maio, h� d�ficit nominal de R$ 638,559 bilh�es, ou 8,82% do PIB.
Gasto com juros
O setor p�blico consolidado teve gasto de R$ 8,963 bilh�es com juros em maio, ap�s esta despesa ter atingido R$ 21,517 bilh�es em abril, informou o Banco Central.
O Governo Central teve no m�s passado despesas na conta de juros de R$ 5,709 bilh�es. Os governos regionais registraram gasto de R$ 2,857 bilh�es e as empresas estatais, de R$ 397 milh�es.
No ano at� maio, o gasto com juros somou US$ 152,133 bilh�es, o que representa 5,24% do PIB.
Em 12 meses at� maio, as despesas com juros atingiram R$ 355,699 bilh�es (4,91% do PIB).
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