O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta ter�a-feira, 30, que a prorroga��o do aux�lio emergencial que ser� anunciada nesta data pelo presidente Jair Bolsonaro ser� feita por decreto. Segundo ele, a extens�o do programa ser� feita por meio de tr�s pagamentos, concentrados em dois meses.
"Temos aquele dilema. Ou voc� d� um valor alto por pouco tempo ou d� valor mais baixo e estica um pouco. Vamos por essa solu��o", afirmou, em audi�ncia p�blica por videoconfer�ncia na Comiss�o Mista do Congresso Nacional que monitora a execu��o or�ament�ria e financeira das medidas relacionadas � covid-19.
A lei que criou o aux�lio emergencial determina que, em caso de prorroga��o do aux�lio, o governo precisa manter o pagamento mensal de R$ 600.
Segundo Guedes, o governo ir� manter esse valor de desembolso mensal, mas dividir� o pagamento em duas parcelas no �ltimo m�s, para que a cobertura dure mais tempo. "A lei obriga o pagamento de R$ 600 em um m�s e R$ 600 no outro. Ent�o vamos fazer tr�s meses de cobertura, com dois pagamentos em um m�s", detalhou.
Na segunda-feira, o secret�rio do Tesouro, Mansueto Almeida, informou que a extens�o do aux�lio emergencial custar� R$ 100 bilh�es ao governo.
Emiss�o de moeda
Guedes, na videoconfer�ncia, voltou a dizer que, em teoria, o Banco Central poderia ter que emitir moeda caso a atual recess�o decorrente da pandemia de covid-19 se transforme em uma depress�o econ�mica que perdure pelos pr�ximos anos.
"Se ca�ssemos em depress�o de tr�s anos, caberia ao BC recomprar d�vidas diversas e emitir moeda sem risco de infla��o. Mas acredito em uma recupera��o mais r�pida, estamos muito distantes desse caso limite", afirmou o ministro da Economia.
Capital estrangeiro
Na videoconfer�ncia, Guedes, disse ainda que o governo n�o tem "obsess�o" pelo capital estrangeiro. "N�o existe essa obsess�o por capital estrangeiro. Capital estrangeiro n�o � salva��o, a salva��o � investimento", afirmou.
Ele voltou a criticar o sistema de partilha na explora��o de petr�leo, que segundo ele foi criado por empresas francesas para negociar com ditaduras africanas. "O sistema de partilha no petr�leo � desastroso. As maiores petroleiras do mundo recusam esse modelo que significa um sistema de corrup��o", completou.
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