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Estado de Minas CR�TICAS

Criticado por institui��es financeiras, governo manda comunicado a investidores

Carta assinada por 29 institui��es financeiras que gerenciam mais de US$ 3,7 trilh�es em ativos foi entregue ao governo Bolsonaro, h� duas semanas


postado em 03/07/2020 07:01 / atualizado em 03/07/2020 12:13

(foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
(foto: Marcello Casal Jr/Ag�ncia Brasil)
Depois de ser duramente criticado por institui��es financeiras internacionais, que alertaram sobre as falhas do Brasil no combate ao desmatamento e os riscos de come�arem a tirar investimentos do Pa�s, o governo Bolsonaro decidiu enviar uma resposta direta aos bancos.

O Estad�o apurou que os minist�rios do Meio Ambiente, Agricultura, Defesa, Justi�a e Itamaraty j� se reuniram para levantar dados e, a partir dessas informa��es, consolidar uma carta de resposta aos investidores. Uma reuni�o est� prevista para a pr�xima semana, para que cada minist�rio apresente suas informa��es sobre o assunto.

Na semana seguinte, um posicionamento oficial ser� encaminhado aos fundos internacionais. H� duas semanas, uma carta assinada por 29 institui��es financeiras que gerenciam mais de US$ 3,7 trilh�es em ativos foi entregue ao governo Bolsonaro.

No documento, os bancos afirmaram que o governo brasileiro precisa frear o desmatamento na Amaz�nia, sob risco de alimentar "uma incerteza generalizada sobre as condi��es para investir ou fornecer servi�os financeiros ao Brasil".

"Como institui��es financeiras, que t�m o dever fiduci�rio de agir no melhor interesse de longo prazo de nossos benefici�rios, reconhecemos o papel crucial que as florestas tropicais desempenham no combate �s mudan�as clim�ticas, protegendo a biodiversidade e assegurando servi�os ecossist�micos", afirmaram as institui��es na carta que inclui, entre seus signat�rios, o Legal & General Investment Management e a Sumitomo Mitsui Trust Asset Management.

Os bancos foram ainda mais diretos e declararam que "� prov�vel que os t�tulos soberanos brasileiros sejam considerados de alto risco se o desmatamento continuar". Dado o aumento das taxas de desmatamento, os fundos afirmaram que est�o "preocupados com o fato de as empresas expostas a desmatamento potencial em suas opera��es e cadeias de suprimentos no Brasil enfrentarem uma dificuldade crescente de acessar os mercados internacionais".

A resposta brasileira � carta j� foi discutida esta semana entre os ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles, da Agricultura, Tereza Cristina, e das Rela��es Exteriores, Ernesto Ara�jo. O governo pretende demonstrar que n�o estaria parado no combate ao desmatamento e que tem agido para conter a derrubada da floresta.

A avalia��o da c�pula do governo � de que h� "falta de entendimento e de informa��o" sobre o assunto e as a��es que est�o em andamento.

Ontem, em encontro da c�pula do Mercosul, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que buscar� um esfor�o para "desfazer opini�es distorcidas" sobre a pol�tica ambiental do Brasil no exterior. "Nosso governo dar� prosseguimento ao di�logo com diferentes interlocutores para desfazer opini�es distorcidas sobre o Brasil e expor as a��es que temos tomado em favor da prote��o da floresta amaz�nica e do bem estar das popula��es ind�gena", disse Bolsonaro no encontro, por videoconfer�ncia.

O desmatamento na Amaz�nia avan�a neste ano e supera o do ano passado, quando o assunto ganhou repercuss�o internacional. � o que mostram os dados captados pelo Sistema de Detec��o do Desmatamento na Amaz�nia Legal em Tempo Real (Deter), ferramenta do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), �rg�o ligado ao Minist�rio da Ci�ncia e Tecnologia.

O calend�rio do Inpe mede o desmatamento verificado entre agosto e julho do ano seguinte. As informa��es mais recentes divulgadas pelo �rg�o - com dados atualizados at� 18 junho, portanto, ainda parciais -mostram que j� foram desmatados 7.115 km² de floresta na temporada agosto de 2019 a julho/2020, quase cinco vezes o tamanho da capital de S�o Paulo. Embora o ciclo ainda n�o tenha se fechado, faltando 43 dias para a contabiliza��o final, ele j� supera o verificado no ano passado, quando os alertas do Deter registraram 6.844 km².


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