O setor atacadista e distribuidor brasileiro viu no in�cio da crise uma migra��o forte das pessoas f�sicas para compras de abastecimento nos chamados atacarejos. Esse movimento, acentuado na segunda quinzena de mar�o, levou o primeiro trimestre a apresentar alta nominal de 3% sobre o faturamento do mesmo per�odo de 2019. Apenas em mar�o, o crescimento sobre os 30 dias anteriores foi de 14,88%. Logo em seguida, em abril, houve recuo de 14,17%. Os dados de maio apontam uma recupera��o do crescimento, com alta de 7,52% no faturamento do setor sobre o m�s anterior.
No acumulado do ano, de janeiro a maio, h� uma alta nominal de 0,7% no faturamento. Mas esse crescimento n�o acompanhou a infla��o do per�odo. Se considerado o mesmo dado deflacionado (quando se desconsidera a infla��o do per�odo), a curva se inverte e passa a ser uma queda de 2,38% em rela��o ao mesmo intervalo de 2019.
J� na compara��o de maio deste ano com o mesmo m�s de 2020, a perda nominal � de 0,39%, enquanto o dado deflacionado indica queda de 2,23% no faturamento do setor. Os n�meros s�o da pesquisa mensal da Associa��o Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), apurada pela Funda��o Instituto de Administra��o (FIA) com um grupo representativo de empresas.
Para a Abad, as quedas em rela��o a 2019 eram esperadas e mostram que o setor sente os efeitos da crise causada pelo novo coronav�rus.
"Em mar�o, a pandemia do novo coronav�rus gerou expectativas de falta de produtos no mercado, o que levou muitos consumidores a aumentar o volume de compras e fazer estoques em casa. Como o abastecimento mostrou-se normalizado, o movimento de queda no faturamento em abril era esperado. Agora, vemos a situa��o caminhar para um novo estado de normalidade, com boas surpresas, como a valoriza��o do pequeno e m�dio varejo, que � o principal cliente do setor", afirma Emerson Destro, presidente da Abad.
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