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Estado de Minas ECONOMIA

1,4 milh�o perde vaga em uma semana


18/07/2020 07:09

O mercado de trabalho voltou a fechar vagas na semana de 21 a 27 de junho, ap�s sete semanas de estabilidade, enquanto a fila de desempregados continuou aumentando, mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios Cont�nua Covid (Pnad Covid), divulgada ontem pelo IBGE. A redu��o da popula��o ocupada indica o fechamento de 1,4 milh�o de vagas em uma semana. No mesmo per�odo, 675 mil trabalhadores ficaram desempregados - o n�mero � menor do que o de vagas fechadas porque parte dos demitidos pode ter sa�do da for�a de trabalho, desistindo de procurar emprego.

Desde a primeira semana de maio, quando come�ou a nova pesquisa do IBGE, s�o 2,6 milh�es de desempregados a mais, atingindo um total de 12,428 milh�es de brasileiros e levando a taxa de desocupa��o a 13,1%, ante 10,5% no in�cio de maio. O contingente de brasileiros sem emprego sobe para 39,367 milh�es quando se leva em conta a popula��o n�o ocupada que n�o procurou trabalho, mas que gostaria de trabalhar.

Economistas t�m chamado a aten��o para os efeitos in�ditos da covid-19 sobre o mercado de trabalho, j� que o avan�o da pandemia e as medidas de isolamento social levaram a paradas abruptas nas atividades ou ao incentivo ao trabalho remoto. Diante da crise, houve demiss�es e trabalhadores em atividades tidas como informal ficaram impedidos de trabalhar.

Ainda assim, o total de desempregados n�o explodiu, porque os estudos sobre mercado de trabalho, conforme padr�es internacionais, s� consideram desocupada a pessoa que est� sem uma vaga, mas tomou alguma atitude para conseguir trabalho. Com a pandemia, num primeiro momento, quem perdeu o emprego ficou impedido de procurar uma nova oportunidade.

Economistas j� vinham alertando que, � medida que a economia for reabrindo, o desemprego subir�, pois trabalhadores que vinham encontrando dificuldade para buscar uma vaga come�ar�o a correr atr�s. Esse processo continuou na quarta semana de junho, conforme a Pnad Covid.

Popula��o ocupada

S� que esse movimento pode n�o ser o �nico respons�vel pela alta do desemprego, j� que a queda na popula��o ocupada (como � chamado o total de trabalhadores empregados, em vagas formais ou informais), para 82,5 milh�es de pessoas na semana de 21 a 27 de junho, indica alta nas demiss�es. Desde a primeira semana de maio, o total de ocupados vinha girando em torno de 84 milh�es, sempre com varia��es pouco significativas. Essa estabilidade apontava para uma freada nas perdas de emprego - seja com demiss�es, seja com trabalhadores informais desistindo de trabalhar.

Segundo Maria L�cia Vieira, coordenadora da Pnad Covid, a nova rodada de demiss�es pode estar associada tanto ao fechamento de empresas quanto � dispensa de trabalhadores que estavam afastados do trabalho, em f�rias coletivas ou com o contrato suspenso, conforme medida emergencial adotada pelo governo em meio � crise.

Anteontem, o IBGE revelou que 523 mil empresas fecharam, na primeira quinzena de junho, por causa da pandemia. Ontem, a Pnad Covid confirmou a queda cont�nua no total de trabalhadores ocupados, mas afastados do trabalho por causa do isolamento social. Na primeira semana de maio, eram 16,589 milh�es, 19,8% do total de ocupados. Na quarta semana de junho, esse grupo caiu para 10,323 milh�es, ou 12,5% do total.

Em relat�rio divulgado ontem, pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea) destacaram que a queda no total de ocupados � "condizente com uma rea��o defasada do mercado de trabalho ao n�vel de atividade no setor de servi�os", maior empregador da economia. Diferentemente do varejo e da ind�stria, que apresentaram alguma recupera��o em maio, o setor de servi�os continuou com desempenho negativo.


As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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