O impacto fiscal prim�rio do programa brasileiro de apoio � economia em fun��o da crise causada pela pandemia de covid-19 atinge quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) dom�stico, mas as medidas ajudam a mitigar os reflexos negativos sobre o crescimento da atividade local. Estes foram algumas das observa��es feitas pelo Brasil durante a reuni�o financeira do grupo das 20 maiores economias do globo (G20), que ocorreu hoje de forma virtual sob a presid�ncia da Ar�bia Saudita. O porcentual � superior � m�dia de 5,8% das economias avan�adas e da de 4,1% dos pa�ses em desenvolvimento, de acordo com o governo. No encontro, o Brasil disse tamb�m que n�o vai tolerar infra��es �s leis locais de sustentabilidade, mas que tamb�m n�o ceder� a press�es protecionistas.
O representante brasileiro pelo Minist�rio da Economia foi o secret�rio de Assuntos Econ�micos Internacionais, Erivaldo Gomes. Do Banco Central, participou a diretora da �rea internacional da institui��o, Fernanda Nechio. Havia a previs�o de que o ministro Paulo Guedes participasse do encontro, mas houve uma mudan�a de planos na �ltima hora por causa da proximidade da entrega da proposta de reforma tribut�ria ao Congresso - o ministro prometeu enviar o projeto na ter�a-feira. Ele participou da reuni�o de abril, mas n�o viajou at� Fukuoka em 2019 para o mesmo evento.
N�o h� d�vidas para o governo de que as respostas do Brasil est�o mitigando o impacto econ�mico da covid-19. "Agora, em vez de uma queda de 9% do PIB, conforme projetado pelo FMI (Fundo Monet�rio Internacional), esperamos cerca de 5%", comparou o secret�rio, salientando que a pandemia interrompeu a tend�ncia de recupera��o observada no Brasil. A estimativa mais recente da Economia � de queda de 4,7%.
"A perspectiva mundial permanece altamente incerta, pois muitos pa�ses est�o enfrentando as consequ�ncias da covid-19. Embora a atividade econ�mica e a confian�a tenham come�ado a se recuperar de n�veis muito baixos, a produ��o deve ter um desempenho abaixo do esperado por um per�odo prolongado", disse Gomes. "Agora, a pandemia requer um novo conjunto de a��es pol�ticas p�blicas", continuou sobre a��es globais e tamb�m no n�vel dom�stico.
Sobre as a��es internas, ele disse ao grupo que o Brasil adotou um pacote abrangente de medidas para enfrentar os principais desafios � sa�de, emprego e renda. "Nesse esfor�o, descentralizamos recursos significativos para Estados e munic�pios para n�o deixar ningu�m para tr�s", explicou o secret�rio. Segundo ele, a ajuda de emerg�ncia atinge cerca de um ter�o da popula��o brasileira, ou cerca de 64 milh�es de pessoas. "Inclu�mos mais de 38 milh�es de trabalhadores informais e socialmente vulner�veis para serem conectados aos nossos programas sociais a partir de agora."
Outras medidas citadas foram o Programa de Manuten��o de Emprego e Renda, que salvou mais de 13 milh�es de empregos formais, conforme Gomes, e o fundo governamental para melhorar os canais de cr�dito e fornecer garantias a empr�stimos para Pequenas e M�dias Empresas, com o benef�cio potencial a 3,2 milh�es companhias.
Meio ambiente
Para o futuro, Gomes disse que o governo brasileiro se prepara para atuar em quatro pilares para melhorar a resili�ncia e promover o crescimento: implementa��o de reformas estruturais e investimentos em infraestrutura, fortalecimento da prote��o social e gera��o de emprego, promo��o de uma integra��o mais profunda do Brasil na economia global e compromisso com a prote��o ambiental. Sobre este ponto, o secret�rio disse que o governo n�o vai tolerar pr�ticas ilegais, mas tamb�m desconsiderar� as "falsas narrativas baseadas em interesses protecionistas".
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