O d�ficit prim�rio nas contas do governo deve somar R$ 787,449 bilh�es neste ano, informou o Minist�rio da Economia nesta quarta-feira, 22. O dado consta no relat�rio de receitas e despesas do or�amento deste ano.
Se confirmado, ser� o pior resultado da s�rie hist�rica do Tesouro Nacional, que come�a em 1997.
O d�ficit prim�rio acontece quando as despesas do governo superam as receitas com impostos e contribui��es. Quando acontece o contr�rio, h� super�vit. A conta do d�ficit prim�rio n�o considera os gastos do governo com o pagamento dos juros da d�vida p�blica.
Em maio, tamb�m no relat�rio do or�amento deste ano, a �rea econ�mica estimou que o rombo nas contas p�blicas seria menor: de R$ 540,533 bilh�es. A diferen�a entre as duas previs�es � de 45%.
O novo c�lculo considera uma retra��o de 4,7% para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, estimativa que foi divulgada na semana passada pelo Minist�rio da Economia.
Para este ano, o governo tinha autoriza��o para registrar em suas contas um d�ficit prim�rio de at� R$ 124,1 bilh�es. Entretanto, com o decreto de calamidade p�blica, proposto pelo governo e aprovado pelo Congresso Nacional devido � pandemia do novo coronav�rus, o governo n�o est� mais obrigado a cumprir a meta, ou seja, est� autorizado a gastar mais.
De acordo com a Economia, esse rombo nas contas p�blicas acontecer� por conta das despesas autorizadas para combater a crise do coronav�rus. Esse gasto adicional foi maior em duas frentes: nas a��es de sa�de e nas medidas para evitar o aumento do desemprego e compensar a queda de arrecada��o.
Al�m disso, por conta da forte retra��o na economia, a arrecada��o de tributos ser� menor em 2020 - o que tamb�m contribui para o aumento do d�ficit nas contas p�blicas.
Na compara��o com o relat�rio de or�amento anterior, divulgado em maio deste ano pelo Minist�rio da Economia, a previs�o de arrecada��o, ap�s transfer�ncias constitucionais, recuou em R$ 17,615 bilh�es.
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