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Estado de Minas ECONOMIA

Oi fecha acordo de exclusividade com Highline para venda de telefonia m�vel


24/07/2020 09:28

A operadora Oi anunciou na quinta-feira, 23, que fechou um acordo de exclusividade com a Highline do Brasil para a venda de sua unidade de telefonia m�vel da operadora. A empresa - especializada em infraestrutura de telecomunica��es e controlada pela americana Digital Colony - colocou na mesa um valor superior ao pre�o m�nimo de R$ 15 bilh�es estabelecido para a Oi M�vel. Segundo a operadora, a proposta da Highline superou tanto a feita pelas tr�s l�deres do setor - Vivo, Claro e TIM - quanto a da concorrente mineira Algar Telecom.

Segundo a Oi, o acordo tem validade at� 3 de agosto, mas pode ser prorrogado por meio de acerto entre as partes. Al�m da vantagem econ�mica, a oferta da Highline tem outra vantagem comparada � proposta da concorr�ncia: uma chance maior de aprova��o pelo Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica (Cade), o xerife da concorr�ncia no Pa�s.

A Oi enfrenta desde junho de 2016 um complicado processo de recupera��o judicial marcado por v�rias tentativas de vendas de ativos e de atra��o de s�cios que n�o se concretizaram. Na �poca do an�ncio, a recupera��o da Oi, com d�vidas de R$ 65 bilh�es, chegou a ser maior da hist�ria. Ao longo do tempo, foi superada pelo processo da gigante Odebrecht.

A Highline j� havia feito uma oferta vinculante por outra UPI (unidade produtiva independente, que permite a venda separada de neg�cios por empresas em recupera��o judicial), a Torres, que engloba sites de transmiss�o de radiofrequ�ncia da companhia. O valor oferecido foi de R$ 1,076 bilh�o.

Especializada de infraestrutura de telecomunica��es, a Highline do Brasil n�o opera telefonia m�vel ao consumidor final, ao menos at� agora. A companhia, fundada pelo P�tria Investimentos em 2012 e hoje controlada pela americana Digital Colony, oferece projetos para a constru��o de torres e estruturas de transmiss�o de dados no topo de edif�cios, entre outros servi�os de apoio � amplia��o do alcance da cobertura.

A empresa constr�i as estruturas para as companhias de telecomunica��es. A oferta pela Oi M�vel surpreende por posicionar a Highline em um servi�o direto ao consumidor final, colocando-a tamb�m como rival de parte de suas clientes.

O Digital Colony, controlador da Highline, � parte do fundo de investimentos digitais da Colony Capital. O fundo comprou a empresa do P�tria Investimentos em dezembro de 2019, por um valor n�o revelado � �poca. Com isso, adicionou o Brasil a um portf�lio de investimentos que congrega outras 14 empresas na Am�rica Latina, na Am�rica do Norte e na Europa. No Brasil, o fundo comprou, em abril, a UOL Diveo, antiga opera��o de data center do Grupo Folha, por um valor entre US$ 300 milh�es e US$ 400 milh�es, segundo a ag�ncia de not�cias Bloomberg.

Concorr�ncia

Uma das vantagens da Highline em rela��o � proposta conjunta de Vivo, Claro e TIM � a possibilidade de aprova��o do neg�cio em rela��o a �rg�os reguladores. Dentro do Cade, a aposta � que o acordo vai ser facilmente aprovado, uma vez que n�o reduz a concorr�ncia no setor - o que fatalmente ocorreria caso os ativos fossem fatiados entre as atuais l�deres do segmento. Um integrante do Cade, no entanto, disse ao Estad�o/Broadcast que a divis�o entre as demais operadoras teria "alt�ssimas chances" de ser reprovada. Sob press�o dos credores, essa possibilidade n�o seria bem-vinda para a Oi.

Prova disso � que, no ano passado, a compra da Nextel - que tinha participa��o p�fia no mercado, de pouco mais de 1% - pela Claro levou nove meses para receber o aval do �rg�o antitruste brasileiro. Apesar de o Cade ter aprovado o neg�cio sem impor restri��es em dezembro de 2019, o conselheiro S�rgio Ravagnani, relator do processo, ressaltou na ocasi�o que o mercado de telefonia m�vel j� apresenta grau de concentra��o significativo e que novos neg�cios deveriam ser acompanhados com aten��o.

De acordo com a Ag�ncia Nacional de Telecomunica��es (Anatel), a Vivo lidera atualmente o mercado de telefonia m�vel por ampla margem. A empresa controlada pela espanhola Telef�nica detinha 33% do setor em maio, com 74,4 milh�es de clientes. A Claro em vem segundo, com fatia de 25,9% e um total de 58,5 milh�es de consumidores. Em terceiro est� a TIM, com 23,2% e 52,3 milh�es de acessos. A Oi hoje � a quarta - e mais fr�gil - participante do setor. Tem 16,3% do total, com 36,7 milh�es de linhas. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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