A Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios Cont�nua Covid (Pnad Covid), divulgada nesta sexta-feira, 24, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), mostrou um movimento at�pico na primeira semana de julho, com a taxa de desocupa��o caindo em rela��o � semana anterior, ao mesmo tempo em que a ocupa��o n�o cresceu.
De acordo com a coordenadora da pesquisa, Maria L�cia Vieira, isso n�o mostra melhora no mercado de trabalho, mas sinaliza que as pessoas n�o procuraram trabalho no per�odo.
A popula��o desocupada na primeira semana de julho caiu para 11,5 milh�es de pessoas, contra 12,4 milh�es da semana anterior, reduzindo a taxa de desocupa��o para 12,3%, frente a 13,1% uma semana antes.
"Foi uma queda significativa, mas a gente n�o tem como identificar o motivo. Ainda tem muitos lugares com distanciamento social, muitas empresas fechadas, talvez o mercado n�o esteja favor�vel para se obter trabalho", avaliou a pesquisadora, que considera ainda cedo para saber o motivo da queda. "A taxa de desocupa��o caiu, mas n�o porque elas tenham procurado trabalho, mas porque est�o fora da for�a de trabalho. Pode ter alguma coisa de desalento, mas na pesquisa semanal n�o � poss�vel medir. A pessoa simplesmente acreditou que naquela semana n�o ia conseguir trabalho", explicou.
A estabilidade que vem sendo registrada pelo trabalho remoto, confirmada novamente na primeira semana de julho, reflete principalmente a manuten��o em casa de trabalhadores em atividades ligadas � administra��o p�blica, educa��o sa�de e seguridade social, informou Vieira.
Na primeira semana de julho, a pesquisa registrou que 8,9 milh�es de pessoas se mantinha em trabalho remoto, ou 12,5%, contra 8,6 milh�es uma semana antes. "Como esse retorno vem sendo gradual nas grandes empresas, as escolas n�o votaram, e tem toda uma prepara��o para essa volta, a taxa deve ficar est�vel, mas n�o vai zerar, porque algumas empresas v�o aderir (ao trabalho remoto) definitivamente", avaliou.
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