A Federa��o Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos Banc�rios n�o entraram em acordo durante a reuni�o realizada nesta ter�a-feira, por videoconfer�ncia, para tratar das condi��es de trabalho remoto, ou home office.
A categoria quer que a responsabilidade do fornecimento e a manuten��o dos equipamentos necess�rios para a realiza��o do teletrabalho conste em um aditivo do contrato. Segundo o Comando Nacional dos Banc�rios, as reivindica��es vieram de uma pesquisa com 11 mil trabalhadores em todo o pa�s. "Para diminuir custos, os bancos querem manter os trabalhadores em home office, e reivindicamos o fornecimento de equipamentos adequados para que o trabalhador possa executar suas tarefas; o pagamento pelo banco dos gastos, como energia el�trica e internet por exemplo; condi��es de sa�de e seguran�a, com respeito �s Normas Regulamentadoras; o controle da jornada; e garantia de todos os direitos previstos na CCT", diz a presidente do Sindicato dos Banc�rios de S�o Paulo, Ivone Silva.
De acordo com a pesquisa nacional, a maioria dos profissionais n�o t�m equipamentos adequados e trabalham de forma improvisada: no quarto, na sala ou na cozinha. O levantamento tamb�m mostrou que 78% dos banc�rios tiveram aumento de gastos com conta de luz, 72% com contas do supermercado, al�m de aumentos significativos nas contas de �gua, g�s e internet. Outro problema � a dificuldade, principalmente para as mulheres, para conciliar o trabalho em casa com afazeres dom�sticos e a rela��o com familiares.
A respeito da vontade de manter o home office ou voltar ao trabalho presencial ap�s a pandemia, 42% disseram que gostariam de um regime misto - alguns dias em casa e outros no banco.
A categoria elencou nove principais reivindica��es para o home office: fornecimento de equipamentos, incluindo mobili�rio ergon�mico e ilumina��o adequada; pagamento dos custos relacionados, como energia el�trica e internet; prepara��o de chefes e subordinados para o respeito aos per�odos de repouso garantidos por lei; telefone de contato para emerg�ncias; reuni�es marcadas com anteced�ncia de pelo menos 24 horas; controle da jornada; acesso do sindicato aos trabalhadores; as metas do home office n�o podem ser superiores �s do trabalho presencial, e as cobran�as n�o podem ser feitas pelo WhatsApp ou outro aplicativo; instala��o de um grupo de acompanhamento do home office, formado por representantes dos trabalhadores e do banco.
A pr�xima reuni�o dos banc�rios com os patr�es acontece na quinta, dia 6, com o tema emprego. Os trabalhadores aguardam a assinatura de pr�-acordo garantindo a ultratividade, princ�pio que garante a manuten��o das cl�usulas da CCT at� a assinatura da nova conven��o.
De acordo com o Comando Nacional dos Banc�rios, entre janeiro de 2013 e dezembro de 2019, foram reduzidos 70 mil postos de trabalho no pa�s. Entre o primeiro trimestre de 2019 e o primeiro trimestre de 2020, os cinco maiores bancos (Banco do Brasil, Caixa, Ita� Unibanco, Bradesco e Santander) fecharam 11,5 mil postos no Brasil.
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