Ap�s pedir demiss�o na ter�a-feira, 11, o ex-secret�rio especial de Desestatiza��o, Desinvestimento e Mercado Salim Mattar, disse nesta quarta-feira, 12, que deixa o cargo por sentir que o resultado do seu esfor�o versus o resultado alcan�ado nos 20 meses de governo foi negativo. Ele destacou que os processos de desinvestimentos e privatiza��es alcan�aram R$ 150 bilh�es no per�odo, ante uma meta de R$ 1 trilh�o colocada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para os quatro anos de governo.
"Tive apoio total e irrestrito do ministro Paulo Guedes e do presidente Jair Bolsonaro. Mas tudo no governo � muito lento, h� um arcabou�o jur�dico complexo montado para preservar o tamanho do Estado. Cerca de 15 institui��es precisam dar parecer sobre as venda de empresas estatais, � uma via crucis", afirmou, em entrevista � Globo News. "Prefiro sair do governo a me adaptar a essa lentid�o do Estado", completou, dizendo que deve focar sua atua��o agora na promo��o dos valores liberais.
Mesmo assim, Mattar considera que deixou a modelagem pronta para a continuidade dos processos de privatiza��es por quem o substituir na secretaria especial. "Montei um pipeline para pr�ximas desestatiza��es, quem me substituir ter� condi��es para tocar esse processo. Ser� f�cil continuar", acrescentou.
Mattar disse que o ritmo de privatiza��es pode ser acelerado, mas reclamou de dificuldades em convencer os ministros aos quais algumas estatais est�o subordinadas. O ex-secret�rio n�o jogou a culpa da lentid�o das privatiza��es no Congresso. "O Congresso deve aprovar capitaliza��o da Eletrobras em 30 ou 60 dias, o Parlamento est� sendo respons�vel. A decis�o sobre privatiza��es � pol�tica, do Congresso e do Planalto", afirmou.
Futuro
O ex-secret�rio disse ainda que n�o pretende reassumir a dire��o de suas empresas. "A Localiza, por exemplo, cresceu mais quando eu sa� do que vinha crescendo quando eu estava l�. Isso mostra que tivemos um robusto processo de sucess�o, que avan�ou nas empresas nesse per�odo. N�o vou voltar para minhas empresas, vou trabalhar com institutos para promover as ideias liberais", afirmou.
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