A reforma tribut�ria defendida pelo governo federal tem um custo pol�tico similar ao de outras propostas que tramitam no Congresso, mas um impacto muito menor na economia. A avalia��o � do economista Bernard Appy, diretor do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF).
"Eu diria que a reforma do PIS e Cofins n�o passa de 20% do impacto da reforma tribut�ria cheia, sendo que o custo pol�tico n�o � muito menor", afirmou Appy, ao participar de live organizada pela C�mara Francesa.
Estudo do economista Br�ulio Borges citado por Appy aponta aumento de 20 pontos porcentuais no PIB em 15 anos com a reforma tribut�ria.
Considerado mentor da proposta de reforma tribut�ria que tramita na C�mara dos Deputados, Appy defende a unifica��o de cinco tributos - IPI, ICMS, ISS, PIS e Cofins - em um �nico Imposto sobre Bens e Servi�os (IBS) de al�quota uniforme. A proposta do governo trata apenas da unifica��o de PIS e Cofins em uma Contribui��o sobre Bens e Servi�os (CBS).
"A al�quota de 12,0% da CBS tamb�m est� superestimada, pode levar a aumento da carga tribut�ria", diz Appy. Ele tamb�m considera que o modelo de implementa��o, com um baixo per�odo de transi��o, pode gerar resist�ncia. "Voc� acaba vendo o impacto negativo antes do impacto positivo", pondera.
Para Appy, o modelo do governo tamb�m � menos eficiente porque � fundamentado em escritura��o, enquanto a PEC 45, da C�mara dos Deputados, prop�e um sistema com base em nota fiscal eletr�nica.
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