O presidente Jair Bolsonaro voltou a minimizar, na noite desta quinta-feira, 13, a s�rie de exonera��es no Minist�rio da Economia, mas lamentou as "dificuldades" para concretizar privatiza��es de estatais como os Correios. Bolsonaro disse que houve um "exagero da m�dia" ao reproduzir o termo "debandada" usado pelo pr�prio ministro Paulo Guedes para descrever os pedidos de demiss�es da sua equipe. Ele tamb�m reclamou da falta de recursos para dar sequ�ncia a obras de Infraestrutura e Desenvolvimento Regional: "precisa de recursos e cada vez o cobertor est� mais curto".
"Esta semana dois secret�rios l� do Paulo Guedes resolveram ir embora, o Paulo Uebel, que era da desburocratiza��o, excelente profissional, e o Salim Mattar, que era desestatiza��o. Manchete na m�dia: debandada. Os dois sa�ram", disse Bolsonaro durante a sua transmiss�o semanal nas redes sociais.
Ao anunciar os pedidos de demiss�es, h� dois dias, Guedes usou o termo debandada mais de uma vez. "Se me perguntarem se houve uma debandada hoje, houve", disse Guedes. "Nossa rea��o � debandada que ocorreu hoje vai ser avan�ar com as reformas", afirmou o ministro em outro momento.
Bolsonaro afirmou que convocou uma reuni�o na noite de quarta-feira com os presidentes da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e ministros justamente pela rea��o � debandada na Economia. Na vis�o do presidente, o encontro foi "um grande passo" que serviu para acalmar o mercado e dar uma "redirecionada" nas a��es.
"N�s fazemos reuni�es quando tem alguma coisa que n�o est� dando certo. A inten��o de trazer todo mundo � a gente bater um papo e tentar se acertar no que for poss�vel. A reuni�o de ontem foi, em parte, pelo exagero por parte de alguns setores da m�dia de que houve debandada na Economia, que eu estaria contra as privatiza��es. A reuni�o serviu para a gente dar uma redirecionada", declarou.
Segundo Bolsonaro, "n�o � f�cil vender uma empresa" estatal e os secret�rios que deixaram o governo constataram isso, assim como ele. "� uma burocracia enorme. O Supremo Tribunal Federal (STF), no ano passado, decidiu que certas empresas estatais, que a gente chama de estatais-m�e, a privatiza��o tem que passar pelo Congresso Nacional", declarou.
O presidente tamb�m disse que Salim Mattar "resolveu sair" por sentir dificuldade em dar sequ�ncia a privatiza��es. "Ele sentiu, como eu senti, todos n�s sentimos, a dificuldade de privatizar alguma coisa. Queremos privatizar os Correios, mas � complicad�ssimo, complicad�ssimo. E vamos perseguir esse objetivo", afirmou.
Bolsonaro tamb�m falou que o "teto � o teto", em refer�ncia ao limite dos gastos p�blicos, mas disse que "o piso (gasto) sobe anualmente e cada vez voc� tem menos recursos para fazer alguma coisa". "Voc� pega dois minist�rios, tem a Infraestrutura, por exemplo, duplicar pista, recuperar, fazer uma ponte, e ele fica com um recurso em torno de R$ 5 bilh�es. � pouco. A� voc� vai para o Minist�rio do Desenvolvimento Regional, ele quer concluir obras, a quest�o da �gua para o Nordeste, n�o quer deixar morrer o programa Minha Casa, Minha Vida."
Segundo o presidente, o governo j� "furou" o Teto de Gastos em cerca de R$ 700 bilh�es, e que tem sido questionado por outros poderes ao buscar mais recursos, o que � visto, de acordo com ele, como um "jeitinho". "A inten��o de arranjar mais, em m�dia, R$ 20 bilh�es � para �gua do Nordeste, revitaliza��o de rios, Minha Casa, Minha Vida...", alegou.
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