O presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a criticar nesta ter�a-feira, 18, a cria��o de um imposto digital, no formato de uma nova Contribui��o Provis�ria sobre Movimenta��o Financeira (CPMF). A ideia tem sido ventilada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Maia argumentou que "n�o existe esse debate de imposto digital" em outros pa�ses e cobrou que o governo envie sua proposta concreta sobre o tema para que o Congresso avaliar.
"Se (o imposto) � diferente do que a gente conhece, seria bom o governo apresentar a reda��o dessa proposta. Paulo (Guedes) diz que n�o � CPMF e que n�o � correto falar isso. Se o ministro diz isso, � bom ele apresentar a proposta, mandar uma PEC oficial para discutir a mat�ria", afirmou ele.
Em audi�ncia p�blica com deputados e senadores, Guedes chegou a dizer que era "ignor�ncia" chamar um imposto sobre transa��es digitais de "nova CPMF".
O novo tributo, segundo o governo, financiaria o Renda Brasil, programa ainda em estudo para substituir o Bolsa Fam�lia. "O Paulo (Guedes) diz que n�o tem aumento de carga tribut�ria. Se o dinheiro for para financiar o Renda Brasil tem aumento de carga tribut�ria", destacou.
Apesar da cobran�a para que o governo apresente sua proposta, Maia refor�ou seu posicionamento contr�rio � ideia do novo imposto. "Eu vou trabalhar contra, j� disse. Vou trabalhar para que ela seja inclusive derrotada j� na CCJ (Comiss�o de Constitui��o, Justi�a e Cidadania) para que o Brasil n�o entre nesse pesadelo de criar um imposto a cada crise", argumentou.
Para ele, � "�bvio" que a sociedade vai optar por sacar o dinheiro para n�o ter de pagar o imposto, a exemplo, citou o deputado, do que correu com a corridas para saques do aux�lio emergencial. Por esse motivo, ele defendeu o debate da reforma tribut�ria pautado nas propostas j� em tramita��o no Congresso, incluindo a sugest�o do governo de unificar PIS e Cofins.
"Vamos olhar o que deu certo no mundo. Eu respeito que o Paulo (Guedes) disse que n�o � uma nova CPMF, mas enquanto n�o tiver proposta eu vou continuar achando que � CPMF", disse. Maia fez um apelo para "n�o repetir o que j� n�o deu certo no Brasil". "A gente sabe o impacto negativo da CPMF. Foi criada para a Sa�de e no final n�o foi para a Sa�de, n�o resolveu o problema e s� aumentou a carga tribut�ria da sociedade brasileira", pontuou.
Maia tamb�m criticou o argumento de empres�rios que defendem a desonera��o da folha de pagamento associada � cria��o da nova CPMF. "� muito f�cil o empres�rio falar assim reduz o custo da minha contrata��o de m�o de obra e cria a CPMF. A sociedade paga a conta. T� errado", disse.
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