O aux�lio emergencial criado pelo governo federal durante a pandemia do novo coronav�rus evitou que as compras feitas por cart�o de d�bito sofressem queda no segundo trimestre, per�odo apontado por economistas como o "fundo do po�o" da crise econ�mica.
Lan�ado com o intuito de minimizar os efeitos da crise sobre os brasileiros mais vulner�veis, o aux�lio come�ou a ser pago em abril, no valor de R$ 600 mensais, e tem sido depositado em contas digitais criadas na Caixa Econ�mica Federal.
Se n�o fosse pelo aux�lio, as compras feitas pelos brasileiros com cart�o de d�bito teriam ca�do 2,3% no segundo trimestre em compara��o a igual per�odo do ano passado, segundo balan�o divulgado nesta quarta-feira pela Abecs (Associa��o Brasileira das Empresas de Cart�es de Cr�dito e Servi�os). Com o benef�cio, houve um ligeiro avan�o de 0,3%, para R$ 150,4 bilh�es, praticamente est�vel em rela��o ao segundo trimestre de 2019. A contribui��o do aux�lio foi de cerca de R$ 4 bilh�es.
Na an�lise m�s a m�s, o efeito do benef�cio do governo fica mais claro. Em maio, o primeiro m�s ap�s o in�cio das transfer�ncias do aux�lio, as compras com cart�o de d�bito cresceram 2,6% em rela��o a maio de 2019, ap�s retra��o de 13% em abril, o pior m�s da crise. Se n�o fosse o benef�cio, as compras teriam recuado 1,2% em maio. Em junho, houve expans�o de 6,8% sem o aux�lio e de 10,7% com o aux�lio.
Sem a ajuda do benef�cio para impulsionar os resultados, as compras com cart�o de cr�dito ca�ram 11,9% no segundo trimestre ante igual per�odo do ano passado, para R$ 242,7 bilh�es. Houve retra��o at� em junho, m�s que teve expans�o no d�bito mesmo sem o aux�lio. No �ltimo m�s do primeiro semestre, as aquisi��es feitas no cr�dito recuaram 7,5%.
Considerando todas as modalidades de pagamento (cr�dito, d�bito e pr�-pago), houve contra��o de 7,7% no uso de cart�es no segundo trimestre, para R$ 400,7 bilh�es. No fechamento do primeiro semestre, houve crescimento de 3%, para R$ 876,4 bilh�es, ainda com a contribui��o do primeiro trimestre, que s� foi afetado pela pandemia na segunda quinzena de mar�o.
Influenciado tamb�m pela pandemia, o uso da aproxima��o nos pagamentos por cart�es cresceu 330% no primeiro semestre, para R$ 8,3 bilh�es. Trata-se, no entanto, de uma pequena participa��o no total do valor transacionado no per�odo. O volume representa menos de 1% do uso de cart�es na primeira metade do ano.
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