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Estado de Minas ECONOMIA

Com aux�lio emergencial, renda efetiva supera a renda habitual, diz Ipea


27/08/2020 12:40

Embora, na m�dia, o brasileiro tenha visto a renda do trabalho cair por causa da crise provocada pela covid-19, em julho, o rendimento total (que inclui outras fontes al�m o trabalho) efetivamente recebido ficou acima da renda habitual, por causa dos aux�lios emergenciais pagos pelo governo federal, mostra um estudo do Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea), divulgado nesta quinta-feira, 27. Entre as fam�lias mais pobres, o valor efetivamente recebido foi 24% superior ao habitual.

O estudo usou os dados da Pnad Covid mensal de julho, vers�o especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), divulgada semana passada.

O pr�prio IBGE j� havia mostrado que os aux�lios emergenciais est�o turbinando a renda dos brasileiros, especialmente dos mais pobres - nas faixas de renda menor, o peso de outras fontes no rendimento total, como aposentadorias e transfer�ncias de renda pagas pelo governo, � maior do que no caso das fam�lias de renda mais elevada.

Para calcular o efeito do aux�lio emergencial, o Ipea comparou a "renda m�dia habitualmente recebida" - o valor recebido mensalmente, sem acr�scimos extraordin�rios, como bonifica��o anual, sal�rio atrasado, horas extras, participa��o anual nos lucros, 13o sal�rio, etc., nem descontos ocasionais, como faltas - com a "renda m�dia efetivamente recebida" - valor de fato recebido. Em tempos normais, as an�lises de conjuntura usam a renda habitual, at� porque, "exclu�dos os efeitos da sazonalidade", os rendimentos efetivamente recebidos s�o "semelhantes aos habitualmente recebidos", diz o relat�rio do estudo do Ipea.

S� que a pandemia mudou isso, abrindo uma diferen�a entre a renda habitual e a efetiva, no caso do que � recebido pelo trabalho. Em julho, o rendimento do trabalho m�dio efetivo ficou em R$ 2.069,87 por domic�lio, o equivalente a 87,1% do rendimento habitual do trabalho, que foi de R$ 2.376,76. Nas fam�lias da faixa de renda "muito baixa" (que ganham menos de R$ 900 por domic�lio por m�s, conforme classifica��o pr�pria do Ipea), a renda m�dia apenas do trabalho foi de apenas R$ 360,52 por domic�lio em julho. Esse valor equivale a 61% do rendimento habitual do trabalho dessas fam�lias, que ficou em R$ 595,03.

Quando se somam outras fontes de renda (mas n�o o aux�lio emergencial associado � covid-19), a renda m�dia efetiva dos mais pobres sobe para R$ 707,83 por domic�lio por m�s. Esse valor ainda ficou abaixo da renda habitual de todas as fontes (R$ 942,34). Como, na m�dia, as fam�lias da faixa de renda "muito baixa" ganharam R$ 824,80 de aux�lios emergenciais por domic�lio em julho, o rendimento de todas as fontes efetivamente recebido foi de R$ 1.164,88, 24% acima da renda habitual.

O efeito dos aux�lios emergenciais foi t�o forte que, na m�dia nacional, o rendimento m�dio de todas as fontes, incluindo o pagamento extra por causa da pandemia, ficou em R$ 3.742,72 por domic�lio em julho, 1% acima do rendimento m�dio habitual de todas as fontes sem o aux�lio emergencial.

"Pela primeira vez, o AE (aux�lio emergencial) j� representa uma parcela da renda maior que a diferen�a entre a massa efetiva e a habitual para a economia como um todo, principalmente devido ao fato de ter-se observado maior recupera��o da renda entre aqueles mais duramente afetados. Entretanto, essas diferen�as permaneceram expressivas e, portanto, ainda muito fortes para os trabalhadores informais e domic�lios de renda muito baixa", diz o relat�rio do estudo do Ipea, assinado pelo pesquisador Sandro Sacchet de Carvalho.


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