Diferen�a na taxa de desocupa��o de pretos para brancos � a maior da s�rie

A diferen�a entre as taxas de desocupa��o da popula��o que declara ter a pele preta e aquelas que dizem ter a pele branca atingiu no segundo trimestre o maior n�vel da s�rie da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios Cont�nua (Pnad Cont�nua), iniciada em 2012. No segundo trimestre, a taxa de desemprego ficou em 13,3%, com a seguinte desagrega��o por cor da pele: pretos (17,8%), pardos (15,4%) e brancos (10,4%).

A taxa de desemprego entre os pretos tamb�m foi a que mais saltou na compara��o com o primeiro trimestre, em meio � crise provocada pela covid-19, com alta de 2,6 pontos porcentuais (p.p.). A taxa subiu 1,4 p.p. entre os pardos e apenas 0,6 p.p. entre os brancos, sempre na compara��o com o primeiro trimestre, conforme os dados da Pnad Cont�nua Trimestral, divulgados nesta sexta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).

Com isso, a diferen�a entre a taxa de desemprego entre os pretos e os brancos atingiu 71,2%. No primeiro trimestre de 2012, essa diferen�a ficou em 45,2%.

Nos desagregados por g�nero, a diferen�a entre a taxa de desocupa��o de homens e mulheres atingiu no segundo trimestre o menor n�vel (24,2%) desde o in�cio da s�rie hist�rica, em 2012. No per�odo de abril a junho deste ano, a taxa de desemprego entre os homens foi de 12,0%, enquanto, entre as mulheres, ficou em 14,9%.

Tradicionalmente, a taxa de desemprego entre as mulheres sempre � mais elevada. A gerente da Pnad Cont�nua, Adriana Beringuy, explicou ainda que a diferen�a n�o diminuiu porque h� menos mulheres desempregadas, mas sim porque a taxa de desocupa��o entre os homens subiu mais do que entre as mulheres.

J� os desagregados por n�vel de instru��o revelam que os menos escolarizados foram os mais atingidos pelo desemprego em meio � pandemia.

A taxa de desocupa��o entre as pessoas sem instru��o ou com menos de um ano de estudo saltou de 9,6% no primeiro trimestre para 13,1% no segundo trimestre.

Ainda assim, a maior taxa de desocupa��o no segundo trimestre foi registrada entre as pessoas com ensino m�dio incompleto, com 22,4%, ante 20,4% nos tr�s primeiros meses do ano.