O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira, 28, que a economia brasileira est� deixando a crise da pandemia para tr�s e reafirmou o compromisso do governo com as reformas para a retomada ser sustent�vel. Ponderou, contudo, que a pol�tica � quem dita o ritmo das medidas econ�micas.
Durante participa��o em confer�ncia virtual do Instituto A�o Brasil, Guedes, que no auge da crise costumava dizer que os sinais vitais da economia seguiam funcionando, frisou que esses sinais foram reativados.
"No ano que vem, vamos ter tudo com mais intensidade", afirmou o titular da Economia. Durante sua fala, Guedes defendeu a desvincula��o do or�amento, ao se queixar que o governo � pressionado entre um teto e um piso que n�o para de subir, numa refer�ncia a investimentos m�nimos obrigat�rios. Ele cobrou um pacto federativo que devolva o controle financeiro do Pa�s e reafirmou a ideia de retomar a agenda de privatiza��es.
Nesse contexto, citou Eletrobras, Correios, PPSA e Docas, ap�s repetir que sua equipe trabalha para anunciar tr�s ou quatro grandes privatiza��es.
"Mas � a pol�tica que define o ritmo das reformas", ponderou Guedes. "A ess�ncia da pol�tica � decidir para onde v�o os recursos p�blicos", disse, sem deixar de observar, contudo, que o presidente "d� todo apoio �s reformas".
Durante boa parte de seu discurso, Guedes refor�ou o compromisso, que ele diz ser o mesmo do presidente Jair Bolsonaro, de respeito �s regras fiscais e ao controle dos gastos no p�s-pandemia. "N�o podemos rolar a d�vida em bola de neve e hipotecar o futuro de filhos e netos."
Ele tamb�m aproveitou para ressaltar indicadores que sugerem aquecimento da atividade econ�mica, em especial a recupera��o de 1 milh�o de empregos perdidos durante a pandemia, e sinais de retomada em "V". "Come�ou a retomada, os sinais s�o de acelera��o econ�mica."
O ministro lembrou que, apesar do impacto da crise, o Brasil n�o sofreu um grande choque externo, citando que, enquanto as exporta��es para Argentina, Estados Unidos e Europa ca�ram, houve aumento dos embarques para a China.
Tamb�m destacou o agroneg�cio, decisivo, comentou Guedes, para manter tanto as exporta��es quanto as prateleiras cheias nos supermercados.
Al�m de mencionar o apoio do presidente, Guedes disse que o Congresso � reformista ao lembrar da aprova��o do marco do saneamento.
Segundo ele, a reforma tribut�ria, em comiss�o mista no Congresso, deve destravar o horizonte de investimentos. Em paralelo, garantiu, ao tratar da reforma administrativa, que o presidente v� o governo pronto para avan�ar nesta dire��o.
Na avalia��o do ministro, o Pa�s est� furando o que chamou de primeira onda da pandemia.
"Vamos atravessar a segunda onda. J� observamos o ano que vem de forma totalmente diferente", comentou durante o evento promovido pela ind�stria sider�rgica.
O ministro tratou ainda de rebater as criticas � sua ideia de criar um imposto sobre transa��es eletr�nicas, garantindo que s� haver� imposto novo se forem extintos outros cinco ou oito.
Quanto ao Renda Brasil, programa que, segundo ele, est� em estudos finais, adiantou que nenhuma ferramenta ser� lan�ada se for insustent�vel.
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