
O ministro da Economia, Paulo Guedes, em sua primeira apari��o em um evento p�blico, tentou minimizar as cr�ticas que recebeu do presidente Jair Bolsonaro em rela��o � proposta do Renda Brasil, programa que vai substituir o Bolsa Fam�lia, e fez uma analogia com o futebol, afirmando que a fala do presidente foi “uma entrada perigosa” e quase foi “p�nalti”.
“Eu falei com o presidente que ele deu um carrinho, uma entrada perigosa. Ainda bem que foi fora da �rea. Sen�o era p�nalti”, afirmou Guedes durante videoconfer�ncia realizada pelo Instituto A�o Brasil, nesta sexta-feira (28).
Ele iniciou a palestra em tom descontra�do e afirmou que as diverg�ncias entre ministros por recursos s�o normais.
Durante evento em Ipatinga (MG), no come�o da semana, Bolsonaro criticou uma das 30 propostas que o ministro disse que apresentou para ele para financiar o novo programa, que era a extin��o do abono salarial, e afirmou que n�o iria tirar de “pobre” para dar para “paup�rrimo”.
O an�ncio do Renda Brasil, inclusive, foi adiado, e Guedes admitiu que ainda n�o concluiu o novo desenho e n�o disse quando ser� apresentada a proposta.
Guedes voltou a afirmar que a economia est� se recuperando mais r�pido do que o esperado e em “V”, sem a perna do logo da Nike e, em um clima otimista, refor�ou que o “Brasil vai surpreender o mundo”, porque o pa�s est� retomado “o caminho da prosperidade”, porque est� conseguindo avan�ar nas reformas no meio da pandemia.
Tirbutos e gastos
Durante a palestra para integrantes do setor da ind�stria do a�o, o ministro disse que o presidente est� consciente de que � preciso respeitar o teto de gastos e qualquer solu��o para o Renda Brasil vai respeitar a regra constitucional que limita o crescimento de despesa pela infla��o.
O ministro defendeu o pacto federativo para desvincular despesas e abrir espa�o no Or�amento da Uni�o, que tem “96% das despesas carimbadas”.
Guedes ainda disse que trabalha de manh�, de tarde e de noite e admitiu que ficou chateado com a derrubada do veto presidencial que proibia reajustes de servidores.
Ele falou que as reformas e o programa v�o respeitar o "timing" pol�tico e � o presidente quem vai ditar o ritmo das reformas. Contudo, admitiu que a Reforma Administrativa est� de volta ao debate, mas n�o deu detalhes.
Ao falar sobre o plano de “Reindustrializar o Brasil”, o ministro defendeu incentivo para quem reinvestir o lucro no pa�s e taxar os dividendos no escopo de uma reforma tribut�ria. “Essa reforma vem a�. Vamos atacar o custo tribut�rio”, prometeu.