(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas DE VOLTA

Turismo aponta retomada ainda t�mida na pandemia

alternativas de adapta��o para a nova realidade


29/08/2020 14:19 - atualizado 29/08/2020 14:41

São Gonçalo do Rio das Pedras, distrito do Serro, é destino muito procurado por turistas do Vale do Aço, Norte de Minas e da Capital(foto: flickr.com)
S�o Gon�alo do Rio das Pedras, distrito do Serro, � destino muito procurado por turistas do Vale do A�o, Norte de Minas e da Capital (foto: flickr.com)
Uma melhora, ainda que t�mida, aponta para uma retomada das atividades do turismo. Setor procura readequa��o para enfrentar a "nova realidade" trazida pela pandemia do coronav�rus. Relat�rio do Observat�rio do Turismo de Minas Gerais mostra crescimento da taxa de ocupa��o dos hot�is em Belo Horizonte de 3,1%, em m�dia mensal a partir de maio.

Entre junho e julho o crescimento foi de  18,5% e 21,7%, respectivamente. Algumas cidades tur�sticas anunciaram nesta semana a reabertura para receber visitantes, com protocolos sanit�rios recomendados pelas autoridades sanit�rias.

De acordo com os dados do relat�rio sobre monitoramento dos efeitos da COVID-19 no turismo, os voos dom�sticos em Minas subiram 131% no m�s de julho, em rela��o a abril de 2020. O fluxo de passageiros foi de 76.991 pessoas ocupando 1.036 voos. Entretanto, esse volume � 92% menor que em junho de 2019.

A edi��o de agosto do  “Panoramas e Tend�ncias para o Turismo em Minas Gerais p�s COVID-19”, do Observat�rio, traz resultados da pesquisa sobre “viagens nos pr�ximos dias”, 62% dos entrevistados disseram preferir esperar, enquanto 38% revelam ter pretens�o de viajar. J� para poss�veis viagens dentro dos pr�ximos  tr�s meses, 61% manifestaram interesse em viajar, e 39% dizem o contr�rio.

Entre os pesquisados, 88% relataram que pretendem passar apenas o fim de semana em uma viagem, utilizando meios de hospedagem locais, e 12% afirmam que a prefer�ncia � por viagens de curta dist�ncia, as chamadas “bate e volta”. Sobre a locomo��o, 83% responderam que usar�o ve�culos pr�prios, e 17% optam por transporte coletivo (avi�o ou �nibus).

O motorista profissional Ma�lton Liberato, 42 anos, adiou suas f�rias para outubro e aproveitou o prazo para conseguir "pre�os mais em conta". Depois de pesquisar servi�os de companhias a�reas e de hot�is, decidiu ir para Aracaj�, Sergipe. "Em julho fiz reserva direta de hotel e de passagens a pre�os bem camaradas, melhor que pacotes." Mesmo pagando menos ele ainda aguardar a proximidade da data para confirmar. "Se tiver tudo em ordem, embarco para o merecido lazer."
Motorista Maílton Liberato adiou suas férias e conseguiu preços melhores(foto: Arquivo pessoal/Divulgação)
Motorista Ma�lton Liberato adiou suas f�rias e conseguiu pre�os melhores (foto: Arquivo pessoal/Divulga��o)

O relat�rio mostra que o setor hoteleiro tem buscado alternativas de adapta��o para a nova realidade. Entre elas est� a implanta��o de ferramentas digitais, que minimizam o contato f�sico entre pessoas e reduzem a necessidade de uso de canetas, pap�is e dispositivos para pagamentos, como aplicativos para check-in e solicita��o de refei��es.

Para a subsecret�ria de Turismo da Secult, Marina Simi�o, as informa��es do relat�rio mostram que Minas Gerais est� mais pr�ximo da retomada das atividades tur�sticas, e isso traz uma perspectiva de preparo, organiza��o e adequa��o para aproveitar o momento.

“A Secult est� em processo de planejamento do programa de retomada das atividades tur�sticas e culturais para Minas Gerais, de forma coordenada com as entidades do setor e alinhada com o Plano Minas Consciente. Para isso, o trabalho do Observat�rio do Turismo de Minas Gerais � fundamental. Por meio dos relat�rios, documentos e pesquisas, que tamb�m s�o uma orienta��o a todos os segmentos da cadeia tur�stica, � poss�vel elaborar as estrat�gias e a��es do processo de retomada com maior assertividade”, ressaltou Marina.

O presidente da  Associa��o Brasileira da Ind�stria de Hot�is (ABIH-MG), Guilherme Sanson, reconhece que a hotelaria vai aos poucos se reinventando e come�a a investir em a��es para retomada da ocupa��o. Sanson ressalta  que as promo��es s�o importantes para atrair clientes e dinamizar o setor, mas a ado��o de protocolos r�gidos est� entre os fatores determinantes que os h�spedes levam em conta para a escolha de um hotel. “Precisamos ser otimistas e nos reinventar, desenvolvendo estrat�gias com pre�os mais atrativos, melhorar a infraestrutura e garantir mais conforto”. Sanson destaca que durante os meses de abril a julho o setor acumulou uma queda expressiva de 75% na receita, comparando com o mesmo per�odo do ano passado. 

Porpriet�ria da Pousada do Pequi, no distrito de S�o Gon�alo do Rio das Pedras, regi�o do Serro, Cleide Greco conta que os oito estabelecimentos locais e outros 15 de Milho Verde, a sete quil�metros de dist�ncia est�o fechados desde mar�o. "Nesta semana a prefeitura se reuniu com o setor para come�ar a discutir protocolos e procedimentos para poss�veis reaberturas".

Mas ainda sem data definida para a retomada.  A grande maioria das pousadas s�o familiares, que contam a m�o de obra dos pr�prios moradores e s�o grandes as dificuldades, pois o turismo � o principal vetor de renda para a popula��o desses distritos. A maior preocupa��o com uma poss�vel reabertura � que a maioria dos turistas que se dirigem tanto � Sede, como aos distritos, s�o origin�rios de regi�es que ainda apresentam n�meros altos dos casos da COVID-19.

Belo Horizonte, Vale do A�o e Norte de Minas. Cleide acredita serem necess�rios tamb�m protocolos espec�ficos por se tratarem estabelecimentos com capacidade restrita de n�mero de h�spedes. 

Crise


Pesquisa realizada pelo Sebrae e a Associa��o Brasileira de Agentes de Viagem (Abrav), entre 14 e 20 de julho, mostrou que durante o auge do isolamento social 41% das empresas fecharam as portas, mas continuaram atendendo online, e 38% suspendeu temporariamente qualquer tipo de atendimento, outras 7% encerraram definitivamente as atividades.

Entre os 2.555 question�rios respondidos por empres�rios do setor, 38% disseram que ficaram mais de 90 dias sem fechar qualquer tipo de neg�cio, 16% entre dois e tr�s meses e 12% entre 31 e 60 dias. Sobre garantia de emprego neste ano, 78%  respondeu "n�o pretender dispensar funcion�rios em fun��o da pandemia", mas apenas 8% afirmaram prever novas contrata��es.

Em resposta sobre "maiores preocupa��es para manter o neg�cio", 36% demonstraram "inseguran�a com o mercado" (companhias a�reas, parceiros locais e fornecedores de outros pa�ses), 24% disseram temer restri��es de acesso ao cr�dito e 14% sobre como adequar o modelo de neg�cios para continuar funcionando.

O tempo estimado para retomada dos neg�cios ap�s o fim do decreto de calamidade p�blica, segundo resultados da pesquisa, pode chegar a oito meses para 30% dos entrevistados, e de quatro a sete meses para o mesmo percentual (30%). J� 21% acreditam que levar�o entre um e dois anos para restabelecer os par�metros de antes de mar�o de 2020.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)