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Estado de Minas ECONOMIA

'Pode ter queda de juros? Pode. � prov�vel? N�o', diz diretor do BC


04/09/2020 14:08

O diretor de Pol�tica Econ�mica do Banco Central, Fabio Kanczuk, afirmou nesta sexta-feira, 4, que novo corte da Selic (a taxa b�sica de juros) � poss�vel, mas improv�vel. Questionado sobre o encontro do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) dos dias 15 e 16 de setembro, ele disse: "Pode ter queda de juros? Pode. � prov�vel? N�o".

Kanczuk afirmou que o �ltimo comunicado do Copom continua valendo. "Temos o forward guidance (prescri��o futura) que diz que n�o haver� eleva��o de juros a menos que condi��es n�o sejam cumpridas", pontuou. "� improv�vel que tenha nova queda de juros. Se acontecer nova queda de juros, ela ser� pequena", salientou.

De acordo com o diretor, para ocorrer novo corte da Selic o BC precisar� ter a confian�a de que o sistema financeiro est� adaptado �s novas condi��es, de juros baixos.

Em seu �ltimo encontro, no in�cio de agosto, o Copom reduziu a Selic em 0,25 ponto porcentual, para 2,00%, e indicou que novos cortes, se ocorrerem, ser�o pequenos. Ao mesmo tempo, deixou claro que n�o antev� alta de juros. Isso � condicionado, no entanto, ao andamento da quest�o fiscal. Na ocasi�o, o BC alertou ainda para os riscos prudenciais e de estabilidade financeira trazidos por uma Selic t�o baixa.

"Estamos olhando tudo e n�o est� tendo problema nenhum. Se tivesse problema, j� estar�amos atuando", afirmou Kanczuk. "� mais uma quest�o de cautela, de conservadorismo", acrescentou, em refer�ncia �s preocupa��es de que uma Selic t�o baixa possa prejudicar o funcionamento de alguns mercados.

O diretor do BC tamb�m afirmou que a institui��o ainda est� distante de um cen�rio em que n�o tenha mais ferramentas para prover est�mulos, se necess�rio. Em um eventual cen�rio de esgotamento da Selic como ferramenta e do pr�prio forward guidance atual, Kanczuk afirmou ser poss�vel propor um forward guidance mais agressivo, com condicionantes. "(Isso) n�o est� na mesa", acrescentou.

Durante evento transmitido na internet, Kanczuk tamb�m evitou comentar sobre as proje��es do BC para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2021. Segundo ele, estes c�lculos ser�o atualizados no fim de setembro, quando ser� divulgado o Relat�rio Trimestral de Infla��o. "Temos trabalhado ainda nos n�meros de PIB para 2021."

Infla��o

O diretor de Pol�tica Econ�mica do Banco Central afirmou que o Brasil, ao contr�rio dos Estados Unidos, est� longe de uma situa��o de preocupa��o com a infla��o muito baixa por um per�odo prolongado. "Em alguma hora, a infla��o volta para a meta no Brasil", pontuou.

Kanczuk disse ainda, ao abordar a pandemia do novo coronav�rus, que alguns cen�rios alternativos do BC contemplam uma segunda onda de contamina��es no Pa�s, o que poderia prejudicar alguns setores da economia, como o de servi�os.

Ele lembrou, por�m, que a segunda onda n�o faz parte do cen�rio b�sico da institui��o. "Os cen�rios alternativos perderam a relev�ncia relativa com o forward guidance (prescri��o futura)", acrescentou.

Mercado de trabalho

Ao tratar do mercado de trabalho no Brasil, o diretor avaliou que ele deve seguir "desaquecido por per�odo prolongado". Al�m disso, pontuou que a infla��o do setor de servi�os � "muito mais persistente que a de alimentos e produtos industriais". "A infla��o vai ficar baixa de forma mais persistente por conta do setor de servi�os."


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