A suspens�o tempor�ria dos pagamentos de habita��o popular foi aprovada nesta ter�a-feira (8/9) pelo Conselho Curador do FGTS a pedido da Caixa Econ�mica Federal (CEF), que � o agente operador do FGTS. � que bancos como a Caixa permitiram que os seus clientes pausassem o pagamento dos financiamentos imobili�rios durante a pandemia do novo coronav�rus, mas ainda n�o tinham autoriza��o para suspender o repasse desses valores ao FGTS, no caso dos financiamentos subsidiados pelo Fundo.
"Diversos agentes financeiros do sistema habitacional concederam pausas para os mutu�rios em fun��o da pandemia. Foi um pleito do agente operador de que o FGTS tamb�m d� essa pausa para os agentes financeiros", contou o secret�rio-Adjunto da Secretaria Executiva do Minist�rio do Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira.
O governo, contudo, imp�s alguns limites para essa suspens�o, com o intuito de limitar a pausa aos financiamentos da habita��o popular e n�o afetar a rentabilidade do FGTS. Ferreira explicou que a pausa no pagamento das parcelas da habita��o popular deve impactar em at� R$ 3 bilh�es a arrecada��o do FGTS, enquanto as suspens�es j� autorizadas para os empr�stimos de saneamento e mobilidade ter�o um impacto impacto de R$ 690 milh�es e R$ 50 milh�es, respectivamente.
P�blico mais vulner�vel
Por conta disso, a ideia � que as pausas sejam realizadas para atender o p�blico mais vulner�vel - isto �, as fam�lias que t�m uma renda mensal de at� R$ 4 mil e financiaram a casa pr�pria por meio das faixas 1,5 e 2 do Minha Casa, Minha Vida. A suspens�o dos repasses valer� por at� 120 dias, a partir deste m�s de setembro at� 31 dezembro. E vai exigir a atualiza��o dos valores que deixar�o de ser repassados ao FGTS nesse per�odo. "O pagamento vai ser realizado de uma forma parcela com a devida atualiza��o", explicou Ferreira.
Segundo o secret�rio, essa foi a forma encontrada pelo governo de atender o pleito dos agentes financeiros do FGTS sem reduzir a rentabilidade do Fundo. Ou seja, sem afetar os recursos dos trabalhadores que t�m contas no FGTS.
"Postergamos quase R$ 700 milh�es de saneamento, R$ 50 milh�es de mobilidade e agora mais R$ 3 bilh�es na habita��o popular. Mas n�o h� qualquer tipo de preju�zo aos cotistas. Esses recursos v�o entrar no FGTS, n�o nesse momento dif�cil, mas no futuro e atualizado. Ent�o, n�o h� preju�zo financeiro", garantiu o presidente do Conselho Curador do FGTS, Julio Cesar Costa Pinto. Segundo ele, o FGTS fez o que era poss�vel, dentro das suas limita��es de sustentabilidade, para ajudar os cotistas e os trabalhadores brasileiros durante a crise da COVID-19.