Turismo tem perda de faturamento de R$ 183 bi na pandemia e 446 mil vagas a menos

O setor do turismo j� acumula uma queda de R$ 182,86 bilh�es em seu faturamento desde o in�cio da pandemia de covid-19, estimou a Confedera��o Nacional do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo (CNC) ap�s a divulga��o dos dados da Pesquisa Mensal de Servi�os (PMS) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), nesta sexta-feira, 11. O tombo na atividade do setor j� resultou no fechamento de 446 mil empregos formais. A CNC o faturamento real do setor de turismo tombar� 37,2% neste ano, com perspectiva de volta ao n�vel pr�-pandemia apenas no terceiro trimestre de 2023.

Mais cedo, a PMS informou que a atividade tur�stica cresceu 4,8% em julho ante junho. Foi a terceira alta seguida, mas o ganho acumulado de 36,1% se contrap�e a um tombo de 68,1% em mar�o e abril.

"Assim como nas pesquisas do pr�prio IBGE relativas � ind�stria e ao com�rcio, as empresas que comp�em as atividades tur�sticas perceberam o fundo do po�o da atual recess�o no m�s de abril", diz o relat�rio da CNC.

Para estimar as perdas no faturamento, o economista F�bio Bentes, da Divis�o Econ�mica da CNC, compara as receitas m�s a m�s com a m�dia mensal de janeiro e fevereiro.

Al�m dos dados do IBGE, o estudo compila s�ries hist�ricas referentes aos fluxos de passageiros e aeronaves nos 16 principais aeroportos do pa�s, correlacionando essas informa��es com a atividade do turismo.

Assim, em agosto, o faturamento do setor ficou R$ 29,02 bilh�es abaixo da m�dia de antes da pandemia. Em todos os meses, de mar�o a agosto, o faturamento ficou abaixo da m�dia anterior. As perdas acumuladas somam R$ 182,86 bilh�es.

Como resultado, as empresas do setor tur�stico demitiram. De mar�o a julho, o setor j� contabiliza 446,3 mil postos formais de trabalho fechado, segundo dados do Caged, o registro administrativo do Minist�rio da Economia, compilados pela CNC.

"Entre mar�o e julho de 2020, a for�a de trabalho formal do turismo encolheu 12,8%, maior queda quando comparada aos demais setores da economia", diz o relat�rio da CNC.