A r�pida passagem do chefe da diplomacia dos EUA, Mike Pompeo, por Boa Vista teve como objetivo chamar a aten��o para a devasta��o econ�mica da Venezuela causada pelo chavismo. A viagem, feita a menos de 50 dias da elei��o americana, refor�a as cr�ticas ao presidente Nicol�s Maduro. A Casa Branca v� os ataques ao chavista como um dos pilares na campanha � reelei��o de Donald Trump.
A mensagem antissocialista com foco em Caracas tem apelo especialmente entre o eleitorado latino da Fl�rida, formado por cubanos e descendentes de cubanos anticastristas, al�m de venezuelanos que fugiram do regime chavista. Trump busca se colocar como a ant�tese do socialismo e tenta identificar Joe Biden e os democratas com a esquerda no hemisf�rio.
"Como muitas das a��es recentes do governo Trump para a Am�rica Latina, a visita do secret�rio Pompeo a Boa Vista �, em grande parte, para consumo dom�stico. O objetivo � usar a situa��o dos refugiados venezuelanos para destacar a oposi��o do governo a Maduro, que � uma quest�o importante para um bloco de eleitores no Estado decisivo da Fl�rida", afirma Michael Camilleri, diretor do centro Rule of Law, do instituto InterAmerican Dialogue.
Ontem, ao se encontrar com refugiados venezuelanos, Pompeo pretendeu mostrar como a crise na Venezuela afetou toda a regi�o. Ele tem sido criticado por mergulhar na campanha de Trump de uma maneira in�dita para um secret�rio de Estado. Em agosto, Pompeo quebrou uma tradi��o ao participar da conven��o republicana que confirmou a candidatura de Trump. Nos �ltimos 75 anos, secret�rios de Estado no exerc�cio do cargo nunca participaram do evento.
Quem ganhar os 29 delegados da Fl�rida no col�gio eleitoral tem grandes chances de vencer a elei��o de 3 de novembro. Em 2016, Trump venceu no Estado. Biden chegou a ter mais de 8 pontos porcentuais de vantagem nas pesquisas, mas agora os dois est�o praticamente em empate t�cnico.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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