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Estado de Minas ECONOMIA

Desempregado teme redu��o de aux�lio


19/09/2020 07:19

Victor Hugo Machado Francisco, de 30 anos, e Andrea Viana, de 42 anos, exemplificam a situa��o de milh�es de trabalhadores que n�o conseguem encontrar uma nova coloca��o formal (com carteira assinada) e engrossam os �ndices do IBGE que mostram crescimento do desemprego no Pa�s.

Desempregado desde novembro do ano passado, Francisco trabalhava como aut�nomo, fazendo entregas, mas teve o carro roubado. Desde ent�o, segundo ele, vem procurando uma nova coloca��o para sustentar a esposa e a filha Valentina, de dois anos.

O dinheiro que recebia pelas entregas cobria apenas as despesas fixas. O or�amento da fam�lia era t�o apertado que n�o sobrava nada para pagar o seguro do carro. "Eu estava me planejando para contratar o seguro quando fui roubado", contou Francisco. A m�e da pequena Valentina se dedica integralmente a cuidar da crian�a.

O que aliviou a situa��o dos tr�s foi o in�cio do pagamento do aux�lio emergencial e o dinheiro que veio de um "bico" de lavador de carros que Francisco conseguiu em julho. O trabalho tempor�rio durou cerca de um m�s. Agora, com a ajuda do governo cortada pela metade, ele teme que a fam�lia volte a passar por necessidades como no in�cio deste ano.

"Era simplesmente um inferno (antes do benef�cio). Minha filha n�o tinha leite e fralda, n�o tinha nada. A gente pegava sobras de restaurantes. N�o quero que minha filha passe por isso de novo", afirmou.

� procura de novo emprego, ele passou a vasculhar as vagas oferecidas na internet e se inscreveu em grupos de empregos no Facebook. "N�o tenho dinheiro para pegar um transporte e ir at� as empresas. Fa�o tudo a p�."

A situa��o de Andrea Viana n�o � melhor. No final de agosto, ele saiu de Bras�lia e veio para S�o Paulo em busca de um trabalho como empregada dom�stica. Andrea contou que foi demitida em junho do servi�o anterior, quando ainda morava na capital federal, devido � pandemia. N�o tinha carteira assinada, apesar de ter direito ao registro,

Com 25 anos de experi�ncia em servi�os dom�sticos, ela deixou os quatro filhos com idades entre oito e 19 anos no Distrito Federal e se mudou para a casa da ex-sogra, na capital paulista. Com o ex-marido preso, � a �nica respons�vel por sustentar a fam�lia. "Os mais velhos cuidam dos mais novos e eu estou procurando trabalho para mandar dinheiro para eles", afirmou ela.

Ela acredita que em S�o Paulo h� mais vagas de emprego, mas admite que se assustou com a concorr�ncia. "Nunca vi tanta gente querendo trabalhar como dom�stica", disse Andrea. O seu plano � trazer os filhos em breve porque, na sua vis�o, h� mais oportunidades para todos em S�o Paulo.

A retomada das atividades presenciais, com o relaxamento do isolamento social na capital paulista, d� esperan�as a ela. "Tenho quatro pessoas que dependem de mim. Preciso crer que vou conseguir um emprego", afirmou ela.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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