
A reabilita��o financeira das institui��es, avisa o dirigente, ser� lenta. Com a paralisa��o dos espa�os de lazer e a crise do coronav�rus, a taxa m�dia de inadimpl�ncia entre os associados alcan�ou 30%. Aproximadamente 20% dos 10 mil empregados do setor teriam sido demitidos. “Mas isso s�o �guas passadas. O melhor a fazer, agora, � olhar pra frente. Temos �timas expectativas quanto � reabertura. N�s – e a popula��o de BH tamb�m, tenho certeza – estamos ansiosos por esse retorno ap�s tanto tempo de confinamento”, avalia o presidente da Fecemg.
Em tr�s tradicionais clubes da cidade – Minas T�nis Clube, Esporte Clube Gin�stico e Pampulha Iate Clube (PIC), – onde o Estado de Minas esteve na tarde de ontem, para conferir os preparativos da retomada das atividades –, os administradores garantem estar tudo pronto para o esperado mergulho na piscina.
Nas tr�s unidades do Minas T�nis, situadas nos bairros de Lourdes, Mangabeiras e Taquaril, a implementa��o dos protocolos de seguran�a sanit�ria, segundo a administra��o, come�ou em abril, ou seja, antes do decreto de libera��o do prefeito Alexandre Kalil (PSD), editado em 19 de setembro. De acordo com o presidente da institui��o, Ricardo Santiago, o clube se organizou com base nas diretrizes fixadas pela cidade de S�o Paulo, que permitiu a reabertura em 29 de junho.

Com �rea total de 230 mil metros quadrados e 82 mil associados nas tr�s unidades de BH, o Minas T�nis vai funcionar com capacidade limitada de acessos simult�neos em suas depend�ncias: 2,5 mil pessoas no Minas I; 1,2 mil no Minas II; e 600 no Minas Country. A adapta��o � necess�ria para atender ao distanciamento entre os frequentadores estabelecido pelo munic�pio em 2 metros dentro das piscinas, 7 metros nas �reas fechadas e 13 metros ao ar livre.
Cerca de 2 mil litros de �lcool em gel ser�o disponibilizados aos associados, que precisar�o usar m�scaras at� mesmo durante a pr�tica de esportes. As saunas, conforme exige o poder p�blico, n�o poder�o funcionar. Outros servi�os, como massagem e depila��o, ser�o retomados a partir de 1° de outubro, mediante agendamento pr�vio, sem direito a leitura de jornais e revistas na sala de espera. “� o novo normal. Vai ser assim por um bom tempo e temos confian�a no bom senso dos nossos s�cios. Acreditamos que eles saber�o curtir o entretenimento com responsabilidade”, diz Ricardo Santiago.

No Esporte Clube Gin�stico, situado no Bairro Cruzeiro, Regi�o Centro-Sul da capital, a situa��o financeira � mais delicada. O presidente da institui��o, Adley Pereira, calcula que a inadimpl�ncia esteja em torno de 30%. Com espa�o de 6.803 metros quadrados, o clube re�ne cerca de 130 s�cios. “N�o estamos endividados, nem precisamos demitir funcion�rios. Mas diria que nossa situa��o exige uma administra��o mais severa e direcionada”, comenta o administrador.
Para a reabertura, a institui��o adquiriu term�metros digitais, treinou equipes e instalou placas de sinaliza��o em suas depend�ncias. Especializado em basquete, o Gin�stico, por ora, manter� suspensos os esportes coletivos. A retirada de convites para acompanhantes dos s�cios n�o ser� permitida. O uso de chinelos e m�scaras nos arredores das piscinas � obrigat�rio. “Acreditamos que n�o vai haver tumulto. De qualquer forma, estamos muito bem preparados para lidar com eventuais irrespons�veis. Quem n�o cumprir as regras de seguran�a pode ser punido at� mesmo com exclus�o do quadro de associados”, avisa Pereira.
No Pampulha Iate Clube, que fica no Bairro Jardim Atl�ntico, na Regi�o da Pampulha, antes de curtir sombra e �gua fresca, os s�cios ter�o que assinar um termo de responsabilidade, em que constam todas as medidas de seguran�a adotadas pelo estabelecimento. O local, que tem 70 mil metros quadrados e capacidade para receber 3.900 pessoas, conta com 12.100 s�cios. Nas lanchonetes e restaurantes, os clientes receber�o luvas para se alimentar.
O presidente do clube, Wilson Alvarenga, conta que 25% dos cotistas t�m atrasado o pagamento das mensalidades, que custam R$ 398 por m�s. O PIC tamb�m perdeu cerca de 400 s�cios, que entregaram suas cotas por n�o terem condi��es de mant�-las. “Estamos confiantes no retorno”, disse o gestor.
S�cios saudosos
Entre os associados dos clubes da capital, tamb�m � grande a expectativa para o primeiro mergulho em seis meses. S�cio do Minas T�nis Clube, o personal trainer Luiz Martins Garcia, de 37 anos, diz que pretende curtir o s�bado � beira da piscina com mulher e a filha. “Vamos sem medo. Faz bem para o corpo e para a cabe�a. � seguro, desde que as pessoas tomem todos os cuidados. Estava mais do que na hora de reabrir. Vai quem quer, existe livre arb�trio”, opina o profissional.S�cio do Esporte Clube Gin�stico desde que nasceu, o professor de Educa��o F�sica Alexandre Soares, de 59 anos, diz que tamb�m n�o vai dispensar a visita ao espa�o amanh�. “Estou morrendo de saudade do pessoal e do clube. No entanto, vou curtir com bastante modera��o, n�o devo demorar muito por l�. Afinal, eu moro com a minha m�e, de 96 anos. Ou seja: ela � do grupo de risco. N�o posso facilitar”, afirma.