O crescimento da popula��o brasileira e a forma��o de novas fam�lias deve gerar uma demanda para mais 30,7 milh�es de novos domic�lios at� 2030.
Isso � o que mostra estudo realizado pelo economista Robson Gon�alves, professor da Funda��o Get�lio Vargas (FGV) a pedido da Associa��o Brasileira de Incorporadoras Imobili�rias (Abrainc). O levantamento faz proje��es a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).
Desses 30,7 milh�es de moradias necess�rias para atender a demanda que vai surgir a partir do crescimento demogr�fico na pr�xima d�cada, 14,4 milh�es (46,9%) estar�o concentrados na popula��o com renda m�dia, entre tr�s e dez sal�rios m�nimos.
A segunda maior demanda - 13,0 milh�es (42,3%) - vir� da popula��o de baixa renda, que recebe at� tr�s sal�rios m�nimos. J� a menor demanda - 3,3 milh�es (10,7%) - ter� origem no extrato social mais rico, com fam�lias que ganham mais de 10 sal�rios m�nimos.
O estudo publicado pela Abrainc mostra tamb�m que o d�ficit habitacional no Brasil fechou 2019 em 7,797 milh�es de moradias. O montante caiu 1,5% em rela��o ao estudo mais recente da Abrainc, de 2017, quando estava em 7,918 milh�es.
A queda foi puxada pelo d�ficit restrito, que considera a necessidade de moradia devido �s situa��es de habita��o prec�ria, coabita��o familiar e adensamento excessivo. Entre 2017 e 2019, o d�ficit restrito baixou 4%, para 4,452 milh�es de casos.
Por outro lado, houve um crescimento de 2,0% no d�ficit habitacional provocado pelo peso excessivo do aluguel no or�amento das fam�lias, chegando a 3,345 milh�es de casos.
"A principal mudan�a no perfil do d�ficit se refere ao avan�o relativo do �nus excessivo com aluguel e ao recuo da coabita��o e da precariedade", destaca o estudo.
A regi�o que mais sofre com o d�ficit habitacional no Pa�s � o Sudeste, onde h� uma falta de 3,144 milh�es de moradias, ou 40% do total. Na sequ�ncia v�m Nordeste (29%), Sul (12%), Norte (11%) e Centro-Oeste (8%).
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