O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) caiu 14,5 pontos na passagem de agosto para setembro, para 145,8 pontos, divulgou nesta quarta-feira a Funda��o Getulio Vargas (FGV). Foi o quinto m�s seguido de queda do indicador ap�s uma alta de 95,4 pontos no bimestre mar�o-abril, auge da pandemia da covid-19. Apesar da melhora no m�s, o indicador ainda est� 9 pontos acima do n�vel m�ximo anterior a pandemia, alcan�ado em setembro de 2015.
"Depois de uma preocupante desacelera��o em agosto, a queda do IIE-Br voltou a acelerar em setembro. O resultado reflete a constata��o pelos agentes de um retorno s�lido das atividades econ�micas e a continuidade do movimento de relaxamento de medidas de isolamento social impostas pela pandemia de covid-19", afirma em nota Anna Carolina Gouveia, economista da FGV/Ibre.
A economista classifica o resultado de "ainda inc�modo" e lembra que ele ocorre sob influ�ncia da crise de sa�de e seu impacto sobre a economia, com destaque para a piora da situa��o fiscal do Pa�s.
A FGV destaca que devido �s incertezas em torno da continuidade de recupera��o ap�s a retirada dos aux�lios e da velocidade de recupera��o do setor de Servi�os, grande demandante de m�o de obra na economia, a dispers�o das previs�es dos especialistas continua extremamente elevada.
Os dois componentes do Indicador de Incerteza caminharam na mesma dire��o em setembro. O componente de Expectativas recuou 12,6 pontos, para 190 pontos, uma contribui��o negativa de 2,7 pontos. � a primeira vez que o indicador fica abaixo dos 200 pontos desde o in�cio da pandemia. J� o componente de M�dia recuou 13,5 pontos, para 130 pontos, contribuindo negativamente em 11,8 pontos para a queda do indicador geral no m�s.
Segundo a FGV, os indicadores setoriais v�m sinalizando que a retomada da economia est� acontecendo em etapas, o que ajudou a acentuar a queda de dois d�gitos entre julho e setembro do componente de Expectativas.
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